Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense descarta paralisações na região

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BARRA MANSA

Na última sexta-feira, dia 17, a Petrobrás anunciou reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, que já entraram em vigor.

Por conta desses aumentos, começaram a circular nas redes sociais assuntos como manifestação e greve por parte dos caminhoneiros. Na região, a hipótese está descartada, segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense (Sinditac), Francisco Wilde.

De acordo com ele, profissionais do Sul do país estão se movimentando. “A maioria das empresas da região utiliza a tabela nacional de frente da ANTT, portanto, os valores são corrigidos e o caminhoneiro não leva tanto prejuízo. Por isso lutamos tanto em 2018 para conseguir essa tabela, o combustível aumenta tanto que chega num ponto que o caminhoneiro não consegue acompanhar. O problema é que só corrige o valor do combustível, tudo subiu, manutenção está caríssima e o profissional ainda arca com algum prejuízo”, analisa Wilde.

Vale lembrar que a Petrobrás informou que o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O último ajuste ocorreu em 11 de março. O preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu no dia 10 de maio.

A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) fez novas críticas às medidas anunciadas pelo governo federal para tentar conter a alta dos combustíveis. A avaliação dos profissionais é de que a aprovação, pelo Senado, da proposta federal que fixa em 17% o ICMS cobrado pelos Estados é uma medida temporária e que pode não ter qualquer efeito sobre o preço praticado na bomba.

A Abrava voltou a falar em greve e a criticar a política de preços da Petrobras, que se baseia na variação internacional do preço do petróleo para estipular sua tabela no Brasil. A avaliação é de que o governo continua a jogar o problema para frente, preocupado apenas com as eleições de outubro.

Já na última quarta-feira, dia 15, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, fixando-a no patamar máximo de 17% a 18%, abaixo dos valores atuais aplicados pelos estados.

A medida tem o objetivo de reduzir o preço dos combustíveis para o consumidor, mas os aumentos da Petrobras podem anular os efeitos dessa desoneração. O texto aguarda sanção presidencial para entrar em vigor.

 

 

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