Sindicato dos Metalúrgicos vai lembrar os 29 anos da greve na CSN que garantiu a conquista do turno de 6 horas

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A exemplo do que acontece todos os anos, no dia 9 de novembro, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense preparou uma programação para lembrar os 29 anos da greve de 1988 ocorrida na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda. Segundo a diretoria do Sindicato, será uma programação em homenagem e reverência à memória dos três trabalhadores, Willian, Valmir e Barroso que foram mortos dentro da Usina Presidente Vargas (UPV) durante o movimento onde foi garantido o turno de 6 horas para os metalúrgicos.

Dentro da programação de homenagens do Sindicato está incluída uma exposição, na Passagem Superior, no bairro Vila Santa Cecília. A mostra, de acordo com o presidente do Sindicato, Silvio Campos, retrata os momentos de luta e enfrentamento vividos pelos metalúrgicos e pela população de Volta Redonda em 1988. Para logo cedo, às 6 horas, o Sindicato vai realizar um grande ato público para prestar oficialmente as homenagens à luta dos direitos dos metalúrgicos.

Vale lembrar que, depois de 29 anos o Sindicato dos Metalúrgicos tem uma grande missão. A de lutar para a permanência do turno de seis horas, conquista da greve de 1988, já que a empresa pretende implantar o turno fixo de oito horas. Na semana passada, representantes do Sindicato se reuniram com a empresa pela segunda vez na expectativa de uma boa proposta para levar aos trabalhadores.

Segundo informou o presidente do Sindicato, a única alteração apresentada foi que a empresa concordou que os trabalhadores definissem a tabela de horário, de uma possível jornada de 8 horas. Ainda de acordo com o sindicalista, na questão da garantia da empregabilidade para os trabalhadores do turno, a empresa não apresentou nenhum avanço e, pelo jeito, nem considerou a proposta feita pelo Sindicato. “E na questão da compensação financeira, a empresa manteve o mesmo valor oferecido, apenas modificou as datas para efetuar o pagamento”, informou o presidente.

Campos lembrou ainda que, mais uma vez, a direção do Sindicato se recusou a levar a proposta apresentada para apreciação dos trabalhadores, já que não contempla os itens reivindicados anteriormente. Lembrou que, a proposta oferecida pela empresa é o acordo do turno contínuo de 8 horas, com vigência de dois anos, abono de R$ 2,5 mil, a ser pago em duas vezes, sendo a primeira parcela de R$ 1,5 mil a ser paga em até cinco dias, após aprovação. E a segunda, de R$ 1 mil, a ser paga em novembro de 2018, como a possibilidade de escolha da escala, conforme as opções que poderão ser colocadas, com a opção de escala de 4×1 – 4×1 – 4×2, com folga de 80 horas.  “Pelo andar da carruagem, parece que vem se configurando um novo 9 de Novembro, com luta em defesa dos trabalhadores, pela garantia dos seus direitos, pelo emprego e por melhores condições de trabalho. É claro que não está se falando em conflito armado, tiros e bombas, o sindicato está falando de uma luta justa e legítima dos trabalhadores metalúrgicos”, concluiu.

 

 

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