Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda participam de protesto contra tarifas de importação de aço, em São Paulo

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O anúncio, recente, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar importações de aço revoltou sindicalistas da área e representantes de sindicais brasileiras e da região. Por unanimidade, as entidades sindicais acreditam que a decisão do presidente americano irá prejudicar o emprego e as indústrias brasileiras. Sendo assim, as principais centrais sindicais do Brasil promoveram, na segunda-feira, 5, um protesto próximo ao Consulado dos Estados Unidos, em São Paulo. Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, com sede em Volta Redonda, estiveram presentes.

Segundo destacou o presidente do Sindicato do Sul Fluminense, Silvio Campos, o Sindicato esteve presente na manifestação em São Paulo por considerar ilegal essa ação do presidente americano. Inicialmente, entendendo que uma manifestação em frente ao Consulado dos Estados Unidos chamaria mais atenção, foi definido que o primeiro ato acontecesse em São Paulo. “Existe uma grande articulação para novos atos, mas o primeiro aconteceu em São Paulo e nós, do sindicato, estivemos presentes. Somos contra essa ação, pois vai sobrar para os trabalhadores. Essa  taxação vai prejudicar novamente o emprego no Brasil , pois o pior sempre recai contra o mais fraco, nesse caso o trabalhador”, explicou Silvio campos.

O sindicalista ressaltou ainda que, outras mobilizações irão acontecer em breve. “Estamos nos organizando e montando estratégias com a participação de encontros com líderes sindicais para novas manifestações. Iremos, com certeza, montar uma agenda de luta”, completou Silvio. Afirmou que tarifas de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio anunciadas por Trump prejudicarão, com certeza, o emprego e as indústrias brasileiras.

A MANIFESTAÇÃO

Vale lembrar que, a manifestação em São Paulo foi liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), além da Força Sindical, entre outras organizações que também clamam contra a política protecionista do líder americano. Para os líderes sindicais, a medida no Brasil ameaçará milhares de famílias e trabalhadores porque trabalham em siderúrgicas. Segundo eles, não é justo que o Governo de Trump tome essa decisão. Lembram que, neste tipo de questões é necessária uma negociação entre as partes envolvidas e a intermediação da Organização Mundial do Comércio (OMC).

É importante ressaltar que, o Governo americano informou que não se contemplam fazer exceções para nenhum país em relação com a aplicação dessas tarifas, embora poderia eximir do pagamento o Canadá e o México, com os quais negocia uma nova versão do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Sendo assim, algumas das empresas mais importantes do setor siderúrgico a nível mundial são de origem brasileira, como a mineira Vale, maior produtora e exportadora mundial de ferro.

Essas duas companhias, junto com outras como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Usiminas, vêm sofrendo expressivas quedas nas suas ações negociadas na Bolsa de São Paulo desde que foram revelados os planos de Trump.

 

 

 

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