Com a aproximação do prazo para o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) aos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense já procurou a empresa. Nesta semana, a entidade sindical encaminhou ofício à direção da Companhia, solicitando reunião para discutir critérios do PPR.
Segundo lembrou o presidente do Sindicato, Silvio Campos, em 2016 ficou acordado na Comissão que trata do assunto que seriam divulgados os critérios e metas, durante o ano de 2017, para o pagamento do PPR. Só que não aconteceu. Até agora, de acordo com o sindicalista, não houve convocação para discutir o tema.
Segundo Silvio, preocupado com o prazo, que vence agora no final deste mês, o Sindicato decidiu cobrar uma posição da empresa. “O Sindicato está aguardando a posição da empresa e assegura aos trabalhadores que assim que houver uma resposta estará levando ao conhecimento dos trabalhadores”, informou Silvio, ressaltando que é bom que a CSN lembre do esforço dedicado pelos trabalhadores durante o ano, cumprindo as metas e critérios. “O que, mesmo em um momento de crise, garantiu um balanço positivo e gerando lucro à empresa”, lembrou Silvio.
Vale lembrar que, em 2016, a atual gestão do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense conseguiu avançar no valor a ser pago no PPR, que, a partir da negociação, poderia variar de 2.5 até 3.1 salários. Conforme foi acordado com o Sindicato, o total dependeria das metas e critérios. A conquista, segundo o presidente do Sindicato, aconteceu como resposta a uma luta que vem avançando e, em 2016, se consolidou durante as negociações da difícil Campanha Salarial, diante de um quadro que chegou a ameaçar perdas de vários direitos históricos dos metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional.
De acordo com Silvio Campos, todo ano a representação do Sindicato dos Metalúrgicos se recusava a assinar o acordo proposto para o PPR por entender que os valores apresentados não correspondiam ao merecimento dos trabalhadores da CSN. Em função da insatisfação e insistente posição do Sindicato, a empresa cedeu às pressões e decidiu melhorar a participação dos trabalhadores nos resultados da siderúrgica. A principal conquista, segundo o sindicalista, foi o fim do gatilho.