Sindicato dos Bancários protesta contra a Reforma da Previdência, no Rio

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RIO

Diretores do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense participaram nesta quarta-feira, dia 20, do ato contra a Reforma da Previdência, proposta pelo Governo Federal. O protesto realizado em frente ao Edifício Central, na Avenida Rio Branco, no Rio, reuniu representantes das centrais sindicais de todo o Estado.

Na ocasião, os sindicalistas alertaram sobre os riscos que a reforma traz para os trabalhadores de todo o Brasil, tanto do serviço público, quanto da iniciativa privada. Um dos principais impactos nas alterações do sistema previdenciário diz respeito à redução dos rendimentos dos futuros aposentados brasileiros, a ponto de inviabilizar a subsistência de parte dos segurados.

A proposta da maneira como foi apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) à Câmara de Federal, abre precedente para que os funcionários públicos tenham uma alíquota complementar descontada de seus salários; retira garantia de pensionistas e de suas famílias; e cria gatilhos para o aumento periódico da idade mínima, o que fará com que trabalhadores de várias regiões – que têm expectativa de vida menor do que a idade mínima proposta – morram sem se aposentar.

A justificativa para a retirada de direitos seria um déficit previdenciário, que na verdade é inexistente e já foi desmentido por uma investigação conduzida pelo Poder Legislativo. A CPI da Previdência, realizada no primeiro semestre de 2017 pelo Senado Federal, comprovou que o sistema previdenciário brasileiro é superavitário e seus principais problemas são frutos da má administração pública – sobretudo da sonegação fiscal e de outros desvios – e não da demanda dos beneficiários.

Neste contexto, a reforma serviria apenas para aplacar a sanha do mercado financeiro que aguarda a abertura de uma hora para a outra do maior mercado privado de planos de previdência do planeta. Em um futuro não muito distante, seriam mais de 50 milhões de contas individuais empurradas para um mercado oligopolizado em uma única medida. Grande parte desses setores são patrocinadores dos grupos de mídia que fazem coro para tentar convencer a população de que essa reforma é necessária.

 

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