RIO DE JANEIRO
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o volume de vendas do setor de serviços registrou crescimento igual a 3,3% em julho frente ao mês anterior na série livre de efeitos sazonais no estado do Rio de Janeiro. Com o crescimento, o volume vendido pelo setor em julho ainda encontra-se 13% abaixo do volume vendido em fevereiro, mês anterior à crise. O setor terciário ou setor de serviços é o ramo da economia que engloba as atividades de prestação de serviços e de comércio.
O resultado parece confirmar a ideia segundo a qual a recuperação do setor de serviços será mais lenta que a recuperação do comércio. Desde abril, fundo do poço para os dois setores, o comércio viu seu volume vendido aumentar 30,7% até julho (houve queda de 20,2% no acumulado de março e abril), enquanto o volume vendido pelo setor de serviços cresceu 8,7% (queda de 20% na soma de março e abril). A necessidade de contenção da transmissão do vírus deverá segurar a recuperação do setor, que ainda tem alguns estabelecimentos fechados na cidade do Rio de Janeiro (salas de cinema e teatro, por exemplo). Desta forma, a recuperação do setor deverá tomar o formato da letra U, ao contrário da recuperação do comércio.
No ano, o setor acumula perda igual a 6,8% no ERJ.
No Brasil, o volume vendido pelo setor apresentou crescimento igual a 2,8%. Os serviços de alojamento e alimentação, cujo consumo costuma ser feito na presença de outras pessoas e incluem restaurantes e hotéis, registraram queda de 5%.
Com o resultado de julho, o volume vendido em julho encontra-se 12,5% abaixo do volume vendido em fevereiro na série com ajuste. No ano, a perda é igual a 8,9%. A lenta recuperação do setor no Brasil, que também assume o formato de U, deverá segurar o aumento dos preços no setor e por conseguinte o aumento da inflação ao consumidor.