SUL FLUMINENSE
O comércio brasileiro está reagindo de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta parcial do mês de outubro foi de 0,1%, abaixo dos 0,8% de setembro, mas ainda assim, número significativo por ser o sexto mês consecutivo em alta. No período, o acúmulo soma 2,4%, o que significa o melhor resultado do setor para meses de setembro desde o ano de 2009, quando a alta acumulou 1,1%. Segundo o IBGE, uma das áreas que mais têm vendido são os varejos de móveis e eletrodomésticos. Na região, lojistas comemoram. “O clima quente amplia demais a venda de ventiladores, ar condicionado. Com o fim de ano sobe a procura pela troca de móveis, principalmente guarda-roupas e sofás. A loja vem obtendo muita procura desde o fim de agosto e apostamos que a economia cresça e nosso setor amplie as vendas”, comenta o gerente Ismael Ribeiro.
Segundo a economista Eliane Barbosa, os recursos ampliados pelo trabalhador favorecem as compras. “O Saque Imediato do FGTS, o PIS, o décimo terceiro salário. São muitas variantes que mexem como o mercado e influencia nesta pequena rotina de negócios novos, ainda mais no último trimestre do ano que é cheio de datas festivas como Dia das Crianças, Natal e réveillon”, opina.
Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada recentemente pelo IBGE, apesar de 0,1%, trata-se do sexto resultado positivo seguido do setor de comércio varejista neste ano, com ganho acumulado de 2,7% no período e de 4,2% frente a outubro de 2018. Seis das oito atividades pesquisadas registraram altas: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,3%), combustíveis e lubrificantes (1,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%), móveis e eletrodomésticos (0,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,3%), tecidos, vestuário e calçados (0,2%). Já o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, após avançar 4,0% entre maio e setembro, mostrou variação próxima à estabilidade (-0,1%), enquanto as vendas do segmento de livros, jornais, revistas e papelaria caíram 1,1% frente a setembro passado.
Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 0,8% em outubro, na comparação com setembro. Esse resultado reflete o aumento nas vendas de veículos, motos, partes e peças (2,4%) e de material de construção (2,1%), ambos após avanços no mês anterior, 1,2% e 1,8%, respectivamente.
Na avaliação da gerente da pesquisa, Isabella Nunes, o varejo está encerrando 2019 melhor do que iniciou. “Isso por conta do quadro conjuntural mais favorável ao consumo, com uma melhora no mercado de trabalho, apesar de predominar a informalidade, e na massa de rendimentos. A liberação do FGTS e a inflação controlada também impulsionaram as vendas. Além disso, houve um aumento na concessão de crédito para pessoa física”, finaliza.