Sete presos até o momento na Operação “Gângster” da Polícia Civil de Volta Redonda  

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Visando o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva, 11 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de diversos automóveis e bloqueio de contas bancárias de indiciados, que chegam a  R$ 7 milhões, policiais da 93ª Delegacia de Polícia (DP), de Volta Redonda, sob a coordenação do delegado titular Wellington Vieira, e do adjunto, Rodolfo Atala, realizam na manhã desta quarta-feira, 16,  uma grande operação.

Denominada Operação “Gângsters”, a ação visa prender integrantes de uma organização criminosa, acusada de fraudes no financiamento de veículos e lavagem de dinheiro. Até o momento sete pessoas foram presas na ação, que conta com 30 policiais civis, tendo apoio de agentes de outras delegacias da região.

A investida é decorrente de investigação da delegacia de Volta Redonda e do laboratório de lavagem de dinheiro da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro que apurou que a organização criminosa perpetrava estelionatos em financiamentos de automóveis.

EX-OPERADOR DE UMA INSTITUIÇÃO

Um dos líderes da organização criminosa é O ex-operador de uma instituição financeira que tinha conhecimento dos trâmites na aprovação de crédito e pagamento de financiamento de automóveis. O suspeito seria um digital influencer e também já foi proprietário de agência de automóveis.

Durante as investigações, policiais civis aprenderam um veículo fraudado na posse de um policial militar que sabia da restrição do veículo. O PM foi indiciado por receptação. Os criminosos foram indiciados por integrar organização criminosa, diversos estelionatos e lavagem de dinheiro, as penas beiram os 60 anos. “Volta Redonda possui um grande número de agencias de automóveis que atuam com diversas financeiras, a grande maioria de comerciantes e empresários honrados e trabalhadores honestos que fomentam a atividade econômica, que são aqueles que também sofrem com os maus elementos misturados a sua classe”, contou o delegado.

COMO OS CRIMES ERAM COMETIDOS

Os crimes eram cometidos da seguinte maneira: os líderes da organização criminosa eram donos de agências de automóveis, porém essas agências não eram credenciadas para realizar financiamento junto a instituições financeiras. O segundo escalão da organização criminosa denominados “agentes” eram revendedores autônomos de automóveis e vendedores de lojas e captavam documentos de vítimas de diversas maneiras, algumas vitimas realizavam test drive e deixavam cópia dos documentos pessoais, outras deixavam os documentos com a promessa de credito, outras compravam veículos e posteriormente tinham seus documentos utilizados indevidamente em novos financiamentos, entre outros.

Na posse dos documentos das vítimas, os criminosos montavam “fichas” que eram passadas às financeiras através de uma agência de veículos que possuía cadastro junto aos bancos e posteriormente os bancos eram enganados e creditavam o valor dos supostos financiamentos à agência de automóveis. Uma Land Rover de mais de R$ 90 mil foi financiada em nome de uma pessoa morta. Outra Land Rover foi financiada em nome de um deficiente mental que sequer tem condições de assinar o próprio nome.

 

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