Servidores da Saúde Municipal protestam contra o fim do SAH

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VOLTA REDONDA 

Servidores contratados pelo Serviço Autônomo Hospitalar (SAH), em sua maioria, técnicos e enfermeiros, estiveram esta semana na Câmara de Vereadores, durante sessão, protestando contra o fim da autarquia da saúde que tem mais de 300 funcionários. O prefeito Samuca Silva (Sem Partido) enviou mensagem ao Legislativo que trata da extinção da autarquia e a transferência dos funcionários para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A mensagem já foi aprovada em primeira discussão e ainda passará por segunda votação.

A preocupação dos funcionários é que o principal foco da extinção do SAH é para a implantação da OS Mahatma Gandhi também no Hospital São João Batista (HSJB). O receio dos profissionais é que ainda não se sabe como será a gestão da OS, que acaba de assumir também o Hospital Municipal Dr. Munir Rafful, no Retiro. “Estamos preocupados com o processo de seleção e se a OS arcará com os salários em dia”, disse um servidor.

O vereador Carlinhos Santana foi um dos que se manifestou contra a extinção da autarquia. “É preciso aguardar pelo menos uns meses para ver como será a gestão do HMMR. Senhor presidente, a minha preocupação com relação a extinção do SAH é que ainda não se sabe como será a gestão da OS Mahatma Gandhi a frente do Hospital do Retiro. Então penso que é melhor aguardar antes de extinguir o SAH e terceirizar também o HSJB. Meu voto será contrário a extinção da autarquia”, declarou Santana.

VEREADOR QUER EXPLICAÇÃO

O vereador Carlinhos Santana usou a tribuna na noite de terça-feira também para cobrar do prefeito Samuca Silva explicações sobre o desconto de 10% dos salários de RPAs que ganham acima de R$ 1,6 mil.

Segundo decreto do prefeito, todos os profissionais que são RPAs e que ganham acima de R$ 1,6 mil terão um desconto de 10%, a princípio o desconto seria no pagamento de novembro e dezembro, após muitas reclamações o prefeito anunciou que o desconto seria em dezembro e talvez em janeiro dependendo da arrecadação.

Santana informou que se reuniu com uma comissão de médicos, que estão liderando um movimento de “operação tartaruga” devido ao desconto feito do prefeito. Disse que recebeu uma comissão de médicos que pediu uma providência, porque além de considerar um absurdo o desconto, como ele, também acha uma covardia. “Os profissionais nos informaram que estão tendo que levar papel higiênico para as unidades que trabalham por que isso tem. É um absurdo a redução de salários dos trabalhadores. Eu questionei aqui sobre a decoração de Natal, que estava previsto um gasto de mais de R$ 500 mil e gastaram R$ 230 mil. Agora quero saber do ano novo, porque se está ruim o caixa, se está descontando em salários não tem dinheiro. Então não tem que fazer festa nenhuma, comemorar nada. Comemorar o que? Fica meu repúdio a esta atitude”, finalizou.

 

 

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