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Servidor inicia mobilização e quer justiça contra golpe no Sindicato do Funcionalismo

Por Idel Pinheiro
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VOLTA REDONDA

A festa de confraternização, realizada em novembro de 2014, no Aero Clube, pelo Sindicato do Funcionalismo Público Municipal (SPMVR), gerou muitas discussões. E até hoje rende críticas. É que, de acordo com os que criticam, foi um evento com sorteio de prêmios valiosos, mas que os organizadores utilizaram de maneira ilegal e imoral a lista de presença dos convidados. Tudo isso para elaborarem uma Ata onde teoricamente seria aprovada a alteração estatutária e desta forma prorrogaram o próprio mandato de 4 para 8 anos.

De acordo com os críticos à ação, além dos convidados não terem a ciência desta Ata que seria feita posteriormente, grande parte dos participantes não era de servidores sindicalizados. Sendo assim, de acordo com os contrários á ação, jamais deveriam estar presentes na festividade e assinando tal documento.

Ao tomar ciência do que ocorreu, o servidor público municipal há 43 anos e sindicalizado, Ronaldo Rodrigues, iniciou em abril deste ano a mobilização dos amigos servidores públicos “O Sindicato é Nosso”. O objetivo de somar forças para fazer justiça contra o que ele classifica como golpe contra a categoria. “Criamos uma Comissão de Servidores que hoje conta com mais de 40 pessoas  e a partir daí, demos início ao nosso movimento”, destacou Ronaldo, lembrando que, segundo o artigo 16 do Estatuto do Sindicato, a categoria é soberana e com 30% das assinaturas dos servidores sindicalizados, o atual presidente fica obrigado a convocar assembléia para uma nova eleição da diretoria.

ABRAÇOU O MOVIMENTO

Ronaldo lembrou que, cientes do golpe dado em comum acordo por toda a atual diretoria do Sindicato, a categoria abraçou o seu movimento. “Com essas adesões, alcançamos até a data de hoje mais de 1.500 assinaturas, o que equivale a mais de 50% dos sindicalizados. E como se já não bastasse um golpe, a atual diretoria atacou novamente. E mesmo todos tendo sido coniventes com a prorrogação do próprio mandato em 2014, alguns diretores renunciaram aos seus cargos justificando que não concordavam com o atual presidente e que entrarão com uma ação judicial contra a manobra realizada, exigindo a nova eleição”, criticou Ronaldo.


Ronaldo indagou ainda. “Porque todos os diretores assinaram a alteração estatutária na época e agora alegam serem contra a mudança e contra o atual presidente?”

O servidor garantiu ainda que também não é verdade que com a renúncia dos atuais diretores, o presidente Ataíde de Oliveira foi deixado sozinho no comando do Sindicato. Lembrou Ronaldo que ainda existem mais 9 diretores suplentes que ocupam esses cargos da Diretoria Executiva em casos de vacância. “Portanto, o atual presidente junto com esses diretores podem perfeitamente gerirem o Sindicato. O que nossa categoria deseja é a destituição da atual diretoria e a convocação de uma nova eleição que deverá ser conduzida por uma junta provisória para garantir a lisura do processo eleitoral, evitando assim, possíveis riscos de fraude eleitoral. Queremos justiça e por isso pedimos eleições já”, declarou Ronaldo, que conta com o apoio total do sindicalista Wilton de Mello Peixoto, representante regional da União Geral dos Trabalhadores UGT, Central Sindical que está na luta em prol dos trabalhadores.

OPORTUNISTAS

Diante das declarações do servidor público, criador do Movimento ‘O Sindicato é Nosso’, o ex-secretário geral do Sindicato, Luiz Fernando Pereira, declarou ao A VOZ DA CIDADE que causa estranheza depois dos acontecimentos aparecer oportunistas como salvadores da pátria. Disse que são pessoas que nunca foram a uma assembleia e jamais atuaram em defesa do servidor. “São pessoas que estiveram sempre ancoradas na política da cidade e que agora, aos 45 minutos do segundo tempo, aparecem como salvadores da pátria. Em momento algum essas pessoas trabalharam em defesa dos servidores municipais. Agora é fácil aparecer e se apresentar como solução”, destacou o ex-secretário.

Luiz Fernando lembrou ainda que, como diretor do Sindicato sempre bateu de frente com o presidente Ataíde de Oliveira, por não estar trabalhando com seriedade em defesa dos trabalhadores. Prova disso foi o seu desligamento da entidade sindical, juntamente com outros membros.  Ainda segundo Luiz Fernando, esses ‘salvadores’ oportunistas pelo fato de sempre estarem ligados à política, nunca falaram que são servidores, mas agora fazem questão de mostrar isso. “Essas pessoas sempre foram conhecidas por estarem ancoradas na política, mas agora estão se mostrando defensores do funcionalismo. Oportunistas é o que eles são”, criticou Luiz Fernando, que também é a favor de nova eleição no Sindicato pelo bem do trabalhador.

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