Serfiotis coordena reunião sobre acessibilidade na Via Dutra

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RESENDE

O deputado Alexandre Serfiotis (PSD) participou na manhã dessa sexta-feira, dia 4, da Reunião Ampliada -Acessibilidade Via Dutra, com setores produtivos da área industrial e agrícola, além de representantes da sociedade civil. O encontro aconteceu no Auditório da Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), em Resende.  O objetivo da reunião foi traçar prioridades relacionas à melhoria da mobilidade e acessibilidade da Via Dutra no trecho compreendido entre os municípios de Volta Redonda, Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis e Resende.

Alexandre Serfiotis expôs a necessidade de adequação da via para o crescimento econômico

Segundo o parlamentar, em 2021 iniciará a nova concessão da Rodovia Presidente Dutra, com duração de 30 anos. “Por isso, é muito importante apresentar nossas demandas para que elas sejam incluídas no novo Plano de Obras e possamos garantir investimentos para a nossa região”, apontou Serfiotis destacando a importância da rodovia para o desenvolvimento econômico do Sul Fluminense. O contrato de concessão atual com a CCR NovaDutra (PG-137/95-00) teve início em 1º de março de 1996 e tem como término previsto a data de 28 de fevereiro de 2021. “Queremos nesse encontro com todos os representantes da economia regional, reunir as demandas para serem discutidas e que constem como meta da futura empresa vencedora da nova concessão. A Via Dutra precisa de melhorias, desde 2015 foi cobrado avanços para a ANTT e a CCR NovaDutra. Juntos, vamos concentrar esforços para que essa importante via do progresso do país receba melhorias, não apenas asfalto e sinalização”, comenta Serfiotis.

O deputado federal recebeu as demandas do Grupo Líder e também do Condec-BM para melhorias na Via Dutra

A reunião contou com a presença do professor Mário Esteves, diretor da AEDB; do presidente do Cluster e diretor da Jaguar Land Rover, João Mattosinho; do coordenador do Grupo Lider (Liderança para o Desenvolvimento Regional do Médio Paraíba, Antônio Carlos Vilela e o coordenador do eixo mobilidade do Grupo, Péricles Aguiar. O Codec-BM (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa) foi representado pelo presidente, Arivaldo Corrêa Mattos e a CDL (Câmara dos Dirigentes Legistas) de Barra Mansa foi representada pelo diretor Leonardo Santos.

Segundo dados do Cluster Automotivo, 15% da economia mundial gira em torno do automóvel, com produção de 100 milhões de veículos produzidos/ano, desde 2008. No Brasil, são 5 milhões de veículos perante a capacidade instalada e projeção de produção de 3 milhões. “Somos o oitavo país em produção, com uma frota de 50 milhões de veículos. O setor automotivo movimenta R$ 1,6 bilhão de ICMS e na região gera em torno de 30 mil empregos diretos. Mas, precisamos ser competitivos pra continuar a existir, A infraestrutura da Via Dutra é fundamental, com a logística atual, sem investimentos, a Via Dutra pode travar. Dentre nossos pedidos estão a construção de um viaduto de acesso ao polo de Porto Real, viaduto na ponte do Acesso Oeste, em Resende, e a construção de uma terceira faixa na Via Dutra. Fazer passarelas é bom para a segurança, mas não resolve a competitividade que o setor automotivo demanda”, frisa João Mattosinho.

Delmo Pinho enalteceu que o Rio de Janeiro precisa avançar no ranking de acessibilidade com a Via Dutra

O coordenador do Grupo Lider e também presidente da representação regional da Firjan, Antônio Carlos Vilela, lembrou que coordena o trabalho de 100 voluntários sobre o desenvolvimento da região nos temas Educação, Mobilidade, Tecnologia e Turismo. A Mobilidade destaca a necessidade de melhorias na Via Dutra. “A Via Dutra é o foco principal da questão da mobilidade no Médio Paraíba. É imprescindível apresentarmos esse pedido de apoio ao deputado Alexandre Serfiotis. O futuro contrato de concessão terá que resolver por exemplo, a questão do trânsito na Serra das Araras”, comentou.

E e o coordenador do eixo Mobilidade do Grupo Lider, Péricles Aguiar destacou que investimentos precisam ser realizados pela futura concessionária na rodovia, permitindo a instalação de novas empresas. “Barra Mansa sofre até se um empresário tentar abrir uma churrascaria. A cidade tem boas áreas de negócios e não consegue avançar. Então, pedimos que o novo contrato traga avanços, analise a questão do pedágio. Somos os maiores usuários e a Dutra deve permitir o nosso desenvolvimento. Fizemos levantamento de 30 obras e vamos entregar tudo ao deputado para defender junto ao governo federal”, analisa.

Também estiveram presentes o secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, Delmo Pinho. E representando a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) estava o especialista em regulamentação fiscal do contrato de concessão da Rodovia Presidente Dutra, Carlos Alexandre de Souza e Silva.

O secretário Delmo Pinho alegou otimismo com a possibilidade de que a nova concessão exija investimentos significativos para a Rodovia Presidente Dutra em território fluminense. “São 40 anos de insucesso, mas estou otimista com a situação vendo os levantamentos e esperando que o relacionamento da futura empresa seja melhor, tanto com a comunidade quanto as prefeituras. As melhores rodovias estão todas em São Paulo, a Via Dutra é a 19ª em qualidade do país, segundo a Confederação Nacional de Rodovias, com base em pavimentação e sinalização, dentre outros fatores. O Brasil detém a octagésima posição no ranking mundial de competitividade, o nono na América Latina. O Rio de Janeiro é o décimo terceiro  em competitividade, no país. Precisamos evoluir e a Via Dutra é fundamental para isso. A rodovia não tem por exemplo, sistema de câmeras amplo e não adota cobrança eletrônica”, observa.

Carlos Souza orientou que as demandas serão apresentadas à Empresa de Planejamento e Logística

Para Arivaldo Matos, do Codec-BM, a rodovia precisa ser segura e oferecer agilidade para que moradores não migrem para cidades vizinhas em busca de emprego. “A oportunidade de concessão está próxima pelo fim de contrato e cabe a nós, com a ajuda do Alexandre Serfiotis, o nosso representante em Brasília, levantar as demandas para constar no futuro contrato. Uma via paralela para o seu desenvolvimento é primordial, porque sabemos que em alguns trechos não há como expandir. Inserimos 12 demandas no projeto do Grupo Líder e esperamos que nos próximos 20 anos a situação seja diferente para nossa região”, projeta.

Já o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre foi representado pelo engenheiro, Fábio Molin. O Grupo CCR Nova Dutra foi representado pelo coordenador de atendimento e analista da área de comunicação, Leandro Souza. “Todas as demandas aqui apresentadas sugiro que sejam centralizadas para o deputado Alexandre Serfiotis, que poderá reforçar o pedido junto à EPL (Empresa de Planejamento Logístico) que é quem vai definir as prioridades na futura concessão. Não há limite para pedidos, mas tudo será analisado conforme os valores de contrato e prioridades. A questão da Serra das Araras será uma das prioridades, sem dúvida, afinal, atualmente desfavorece o fluxo de veículos pesados como carretas de sete, nove eixos. A ANTT vai reunir todas as demandas e encaminhar à EPL”, argumentou  o especialista em regulamentação fiscal do contrato de concessão da Rodovia Presidente Dutra pela ANTT, Carlos Alexandre de Souza e Silva.

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