BARRA MANSA
O diretor de comunicação do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Petterson Magno procurou o A VOZ DA CIDADE para manifestar posição contrária da volta às aulas na rede municipal de ensino.
A Prefeitura de Barra Mansa definiu o retorno das aulas presenciais em sistema de ensino híbrido a partir do dia 1° de março. A metodologia de ensino funciona de forma a combinar os aprendizados em ambientes virtual e presencial. As aulas em sala de aula voltarão de forma gradativa, respeitando uma ocupação máxima que poderá ser de 50%, 30% e 25%, de acordo com o espaço da classe.
De acordo com o diretor, o aumento de novos casos e de mortes provocados pela Covid-19 estão preocupantes e voltar às aulas neste cenário seria uma irresponsabilidade. “Entendemos que não é hora do retorno. Barra Mansa bateu recordes de mortes em janeiro e os casos só aumentam a cada dia e muito tem que ser feito em relação à prevenção. Manter as crianças em casa é uma delas, é preciso investir no ensino online, não no híbrido. Como o professor vai se desdobrar para fazer duas aulas diferentes? Se o governo não investiu no ensino a distância a culpa não é dos professores ou dos alunos que não tem condições”, destaca Petterson, acrescentando que em sua avaliação, as escolas não têm estrutura física para distanciamento social correto, ou ventilação.
De acordo com ele, em recente reunião com o secretário de Educação, Marcus Vinícius Pires de Barros, o Sepe apresentou a proposta do ensino online através da plataforma Moodle. “É uma plataforma Linox, utilizada pelo sistema Cederj, de forma gratuita e fácil. Ficaram de avaliar a proposta, mas disseram que, por questões técnicas, preferem o ensino híbrido, mas não sabemos quais questões são essas. Esperamos por um encontro com o prefeito desde o seu primeiro mandato e queremos discutir tais propostas, pois o sistema de apostilas que foi implantado não passou por discussão e muitos não gostaram”, conclui.
Através de nota oficial, a Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Educação, informou que a decisão que envolve à volta as aulas foi tomada em conjunto com o Comitê Municipal de Retorno às Aulas Presenciais, colegiado composto por 18 entidades de escolas de rede municipal, estadual e particular de ensino e com duas cadeiras destinadas ao Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe).
Informou ainda que a decisão segue as prerrogativas de um acordo entre o município e o Ministério Público, que autoriza a retomada das aulas gradualmente, seguindo os protocolos sanitários já estabelecidos e aqueles que vierem a ser estabelecidos pelos órgãos sanitários municipais, estaduais e federais.
