Sepe-BM anuncia paralisação e governo critica postura da categoria

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BARRA MANSA

Os profissionais da rede municipal de educação de Barra Mansa anunciaram uma mobilização para esta sexta-feira, 22. A categoria remeteu ofício ao governo municipal comunicando sobre a decisão que afeta toda a rede municipal. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-BM), a justificativa é a reivindicação do reajuste salarial e o cumprimento do plano de cargos e salários, entre outras ações.

A decisão gerou um impasse entre a Prefeitura de Barra Mansa e a direção do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Ontem, o governo municipal confirmou ao A VOZ DA CIDADE o recebimento do Ofício SEPE/BM 016/2019, onde a direção do sindicato informa que a categoria decidiu pela paralisação nesta sexta-feira, após a assembleia realizada na segunda-feira, dia 18. No comunicado o Sepe expressa como reivindicação a pauta pelo cumprimento da data-base, reajuste salarial, perícia médica, plano de carreira e a realização de concurso público.

Para o prefeito Rodrigo Drable, falta bom senso à direção do Sepe, pois considera que seu governo realizou a maior valorização da categoria nos últimos anos. “Meu posicionamento oficial em relação a isso (paralisação) é que eu respeito o direito de manifestação de todo mundo, a gente vive num país democrático. Mas, é um pouco de falta de bom senso. Na crise que a gente vive e com o salário que mais que dobrou em quatro anos, as pessoas fazerem uma paralisação de aula e de alunos nesse momento”, afirmou.

Rodrigo Drable ressalta os reajustes em sua gestão: salários passaram de R$ 1.760 para os atuais R$ 3.024,51

A Secretaria Municipal de Educação reiterou a posição do governo e divulgou que em fevereiro de 2015 o salário bruto (composto do salário-base, acrescido do adicional de magistério e do adicional especial) praticado em Barra Mansa era de R$ 1.395,63. Na atual gestão, o salário pago é de R$ 3.024,51. Dados do governo revelam a sequência de reajustes do salário-base sendo R$ 1.395,63 em 2015; R$ 1.760 em 2016; R$ 2.570,54 em 2017; R$ 2.902,22 em 2018 e R$ 3.024,51 atualmente. “O nosso governo sempre esteve aberto às negociações, ao diálogo com o Sepe. Os números comprovam a valorização realizada e nossa gestão para a categoria, piso acima do praticado em muitas cidades da região”, comenta o prefeito.

CAMINHADA

Segundo a direção do Sepe-BM, o governo é intransigente e não valoriza a categoria. Mantendo a pauta de reivindicação os profissionais estarão mobilizados a partir das 9 horas na Avenida Joaquim Leite, no Centro, imediações de um magazine, de onde pretendem percorrer ruas da cidade até que por volta das 13 horas, façam manifesto pacífico diante da Prefeitura de Barra Mansa.  “A paralisação é para toda a rede municipal de Educação, estamos falando basicamente de professores e funcionários de escola. Toda a rede esta convocada, uma paralisação de 24 horas. A expectativa é que seja um ato de avaliação, pois estamos em março, a data-base da educação, data-base do reajuste salarial. Pode ser o primeiro ato de muitos que a gente pode esticar para uma greve ou não. Será o nosso primeiro ato do ano com paralisação, a expectativa é que os colegas venham a aderir à paralisação e participem conosco, não só os professores como os funcionários da escola. A situação está insustentável”, informa Petterson Magno da Silva Santos, diretor de Comunicação do Sepe-BM.

Segundo o Sepe-BM, falta a aproximação com o prefeito Rodrigo Drable. “A paralisação não é a primeira opção do Sepe. Toda semana protocolamos ofício na prefeitura para conversar com o prefeito Rodrigo Drable, que completou três anos de governo e até hoje nunca conversou conosco. Nunca nos recebeu, sentamos pra conversar”, frisa Petterson, lembrando que no dia 21, abertura do carnaval fizeram críticas ao governo em ato simbólico pelas ruas.

Segundo o Sepe-BM, o salário específico dos funcionários administrativos deve ser reajustado, pois ganham abaixo do mínimo nacional. Além disso, pedem que o governo cumpra a lei de um terço da carga horária dos professores, a redução da carga horária dos profissionais da educação de 40 para 30 horas realize concurso público. “Estamos prontos para negociar, discutir, mas o prefeito não quer sentar conosco à mesa”, frisa o sindicalista.

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