ESTADO/SUL FLUMINENSE
Como presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e da Pessoa Idosa, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Munir Neto (PSD) presidiu nesta segunda-feira o Seminário Interinstitucional que discutiu o tem: “as violências nas unidades escolares e as perspectivas para políticas intersetoriais”. O evento foi realizado no Dia Nacional da Educação sem Violência. Estiveram presentes professores, assistentes sociais, psicólogos, pesquisadores das áreas de sociologia da educação e de políticas públicas, representantes do Governo de Estado e de outras cidades, além de conselheiros tutelares e conselhos de Direito.
“Resolvemos criar esse seminário para discutir este tema tão atual e que merece nossa atenção. Realizamos duas audiências públicas, discutimos e acolhemos diversas propostas e entregamos ao governador Cláudio Castro e a Roberta Barreto, secretária estadual de Educação, uma carta aberta à sociedade escrita por diversos pesquisadores. Sabemos que há muito a ser feito, mas juntos iremos construir ações que garantam a proteção das unidades escolares”, destacou Munir lembrando que o evento aconteceu no dia da sanção da Lei Menino Bernardo.
Presente ao evento, Ariane Paiva, pesquisadora do departamento de Serviço Social da PUC-Rio, falou em nome do grupo de trabalho organizado com diversas instituições para o seminário. “Na semana passada, tivemos mais um ataque às escolas com vítimas fatais. Mais uma vez, as autoridades se pronunciaram com soluções no campo exclusivo da segurança, que temos a certeza científica que se pensadas isoladamente, são limitadas e geram ainda mais violência. As escolas são espaços privilegiados de construção de uma sociedade radicalmente democrática, de respeito as diversidades e de defesa intransigente dos direitos humanos. Uma escola livre é uma sociedade livre. É isso que queremos discutir neste evento, um projeto de direitos para todos e que não se encontrem somente na Política de Educação. Queremos abrir o debate entre as políticas sociais”, frisou.
Conduziram os trabalhos: Joana Garcia, professora da ESS/UFRJ e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Famílias, Infância e Juventude; Marcele Froussad, assessora de Programas e Políticas Sociais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; Rosane Melo, professora do curso de graduação e pós-graduação em Psicologia da UFRJ e membro da Rede Nacional de Pesquisas em Saúde Mental de Crianças e Adolescentes; Diogo Andrade, professor de Língua Portuguesa e diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro; Sérgio Henrique Teixeira, Mestre em Psicologia Clínica e assessor ténico da ACTERJ; Suely Deslandes, Socióloga e pesquisadora titular do Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente; Jocelene de Assis, Doutora em Serviço Social pela PUC-Rio; Sabrina Batista Artmann, mestre em processos formativos e desigualdades; e Naura dos Santos Americano, psicóloga e mediadora de conflitos judiciais e extrajudiciais.
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