Semana da Criança Excepcional terá roda de conversa na Apadefi-VR

Encontro acontece na próxima sexta-feira, dia 29, às 9 horas, na sede da instituição, localizada na Avenida General Euclides de Figueiredo, 350, no bairro Retiro

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA
Em celebração à Semana da Criança Excepcional, comemorada entre 21 e 28 de agosto, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Físicos de Volta Redonda (Apadefi-VR) promove uma roda de conversa, na próxima sexta, dia 29, às 9 horas, na sede da instituição, localizada na Avenida General Euclides de Figueiredo, 350, no bairro Retiro.
O encontro abordará assuntos como desafios, superações e experiências pessoais que serão compartilhadas entre pais atípicos. Ministrado pela psicoterapeuta e mãe atípica, Vanessa Carvalho, o evento, focado nos responsáveis, será aberto ao público e contará com recreadores para oferecer atividades às crianças enquanto seus pais participam da iniciativa. Para participar do evento, é necessário fazer um cadastro gratuito através do formulário disponível no perfil do Instagram da instituição: @apadefivoltaredonda.
A Semana da Criança Excepcional busca dar visibilidade às conquistas e aos desafios enfrentados por pessoas com deficiência e suas famílias. A iniciativa reforça a importância da inclusão e do acesso a serviços de saúde, educação e assistência.
Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, mais de 18 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência. Entre essas histórias está o caso de Gisele Batista, mãe de um menino com autismo atendido pela Apadefi. Contou que todo o processo com seu filho a ensinou lições que a ajudam na vida. Listou também que a paciência e a empatia são algumas das principais. “Paciência e empatia. Antes eu conhecia o autismo só por alto, mas aprendi que muitas mães não gostam de falar, e essa paciência é para a vida toda”, destacou a mãe.
CONHECIMENTO SOBRE ATÍPICOS
Gisele Batista reforçou ainda, que o conhecimento sobre atípicos e neurotípicos não pode se limitar apenas às famílias e aponta a necessidade de que a sociedade avance na prática da inclusão. “A inclusão é pouca, só existe na teoria e no papel. Na prática, quase não acontece. As escolas e a sociedade precisam se preparar melhor para isso, oferecendo adaptações. Pessoas com necessidades especiais têm capacidade de aprender, mas em caminhos alternativos. É necessário aceitar a autorregulação de cada um”, diz Gisele.
Maria Malveira, avó de uma adolescente com sequela neurológica após meningite, reafirmou, com sua experiência, que o aprendizado é, sim, possível para todas as pessoas. “Quando ela escreveu o nome dela pela primeira vez, eu fiquei muito feliz. É preciso paciência e força de vontade. Foi muito difícil, porque em seu primeiro ano de vida ela passou no hospital, mas, apesar de tudo, o conhecimento foi e é possível”, contou Maria.
Já Fabiana Aparecida, mãe de um adolescente com deficiência, fala sobre a importância de os responsáveis acreditarem na evolução diária.
“Viva a sua luta, com todas as dificuldades, porque os resultados depois são compensadores. Eu vi uma evolução muito grande no meu filho. Agora, na adolescência, vejo os frutos do que vivi. É importante experimentar o novo e não se acomodar. Tudo é lento, mas, vivendo o próprio tempo, tudo dá certo.”
Ela reforça que ainda há uma barreira no olhar social: “Eu espero que as pessoas parem de ver apenas dificuldades e limitações. Eles são inteligentes. Ninguém é igual, cada um tem seu tempo e sua forma de aprender. É preciso respeitar o tempo dos outros”. Para a Apadefi, dar voz às famílias e visibilidade a histórias como essas é essencial para quebrar estigmas e ampliar a consciência coletiva sobre inclusão. “Nosso compromisso é acolher, reabilitar e dar oportunidades, mas também incentivar que a sociedade enxergue a pessoa com deficiência para além das limitações, reconhecendo potencialidades e direitos”, concluiu o coordenador executivo da Apadefi-VR, Rodolfo Levenhagen.

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