Segue internada a bebê que nasceu prematura após mãe ter morrido vítima de espancamento

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BARRA MANSA

A bebê, que nasceu de seis meses e meio, após descolamento da placenta da mãe, Maria Edjane de Lima, que não resistiu aos ferimentos ao ser agredida pelo seu companheiro no dia 5 deste mês, segue internada na UTI neonatal do Hospital da Mulher. Apesar de ainda não haver previsão para alta, a pequena tem reagido bem ao tratamento já respirando sozinha, aceitando às dietas e não fazendo mais o uso de medicações venosas.

As equipes da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e a Promotoria da Infância e Juventude de Barra Mansa registraram a pequena, com o nome de Vitória para representar a sua luta pela vida. Segundo a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Ruth Coutinho, disse que o caso gerou uma comoção em toda a cidade e a iniciativa da pasta foi de prestar o máximo apoio possível a bebê e à família.

Ruth ainda informou que o Conselho Tutelar e a Promotoria da Infância e Juventude de Barra Mansa receberam um relatório do Hospital da Mulher e a assistência ajudou agilizando o processo de registro da bebê. “Nós acionamos a promotoria para que fizessem o registro do nascimento da pequena Vitória. A equipe do Conselho Tutelar segue acompanhando de perto  o caso para que o desfecho seja o melhor possível”, informou.

De acordo com a diretora geral do Hospital da Mulher, Fernanda Chiesse, desde o inicio a equipe médica tem feito um atendimento intensivo para que o quadro fosse revertido. “Estamos ofertando a paciente, desde o início o atendimento baseado em protocolos mundiais da neonatologia. Esse processo tem nos mostrado positivo, tendo em vista que o quadro da Vitória tem evoluído a cada dia e ela está tendo o desenvolvimento natural”, explicou.

RELEMBRE O CASO

Maria Edjane de Lima, 35 anos, deu entrada na segunda-feira, dia 4 de março, no Hospital da Mulher com sangramento vaginal e sinais de agressão. Ela que estava grávida de seis meses, informou na unidade que sofreu diversos tipos de agressão, inclusive chutes na barriga. O autor da agressão foi o próprio companheiro, pai da criança, de 45 anos. Devido a gravidade em que se encontrava Edjane, ela foi levada para o Centro Obstétrico para fazer a cirurgia.

Por volta de 17h40, o bebê nasceu pesando 1.005 gramas, e foi diretamente encaminhada para a UTI Neonatal da unidade médica. Durante o parto de emergência, a mulher apresentou problemas respiratórios, e foram realizados diversos procedimentos médicos para tentar reanimá-la, e também para conter a hemorragia, mas ela não resistiu e morreu à 1h30. Ela era natural de João Pessoa, na Paraíba.

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