Secretários de Saúde da região se manifestam sobre recomendação de toque de recolher do Conass

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SUL FLUMINENSE

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) se manifestou nesta semana a favor de uma imediata medida de prevenção da Covid-19 para evitar o colapso nacional das redes pública e privada de saúde. Um dos pontos destacados foi um ‘toque de recolher’ nacional a partir das 20 horas até às 6 horas, além disso, o conselho recomenda que aos fins de semana, sejam fechadas as praias e bares. Secretários de Saúde de municípios do Sul Fluminense se manifestaram ao A VOZ DA CIDADE, tendo divergências de opiniões sobre a manifestação do Conass. Alguns concordam que as medidas são viáveis, já outros afirmaram que a situação, por hora, está controlada no município.

Ainda segundo a recomendação do Conass, é necessária a redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos e ampliação da testagem, com acompanhamento dos testados, isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos.  Em uma carta, o conselho se diz preocupado com o período que o país atravessa. Segundo eles, o Brasil vivencia o pior momento da crise sanitária provocada pela Covid-19. A última edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, mostra que a situação da pandemia se encontra em baixo risco (amarelo) em sete regiões do Estado do Rio de Janeiro, sendo uma delas o Médio Paraíba. Já a região Centro-Sul permanece em bandeira laranja (risco moderado). A única em risco alto (bandeira vermelha) é a região Noroeste.

Em Resende, o secretário de Saúde destacou que o município já atravessou a segunda onda da pandemia em dezembro e, atualmente, a situação está estável. Contudo, ele ratificou que apoia a decisão do Conass, mas reforçou que todos os esforços atuais devem estar dirigidos à compra e distribuição de vacinas no menor prazo possível.  Já em Barra do Piraí, o secretário da pasta, Wagner Teixeira, analisou que um toque de recolher ainda não é viável para todas as realidades, como é o caso da sua cidade. Ele ratificou que o município está estável e com baixa ocupação de leitos, no entanto, não descartou as medidas de prevenção a Covid-19. “Sabemos que esse vírus é imprevisível, temos que estar alerta. Mas por hora a decisão do Conass não condiz com nossa realidade”, disse.

Em contrapartida, Sérgio Paiva, secretário de Saúde de Itatiaia, afirmou que a preocupação com o momento é grande, para as próximas semanas, inclusive por conta da nova cepa. Segundo ele, vêm ocorrendo muitos casos de pessoas sem máscaras e causando aglomerações e isso pode levar ao aumento de casos na cidade. Ainda de acordo com o secretário de Saúde, o toque de recolher recomendado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde seria importante, principalmente nas localidades, onde há muita aglomeração.

Maria da Conceição de Souza Rocha, secretária de Saúde de Volta Redonda também se manifestou e esclareceu que, apesar da cidade não estar com esgotamento de recursos, é visto que no país, o avançar da doença é preocupante. “O toque de recolher, isoladamente, pode ser um paliativo para a redução da circulação urbana, principalmente em áreas de forte entretenimento urbano, porém é visto com reservas se adotado isoladamente enquanto medida de contenção. Faz-se necessário, com o agravamento da epidemia, principalmente se atentar ao controle de aglomerações em ambientes fechados e na circulação urbana, incluindo aí os meios de transporte coletivo”, opinou sobre a carta do Conass, destacando que a posição do conselho, de preocupação, é acertada.

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