Secretário de Saúde fala sobre pico da Covid-19 na Câmara de Vereadores de Resende

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RESENDE

O secretário de Saúde do município, Alexandre Vieira, o Tande, esteve  no Plenário da Câmara de Vereadores na última terça-feira, dia 11, para falar sobre a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ele explicou que após um período de aparente estabilidade no número de infectados pelo coronavírus, a cidade viveu o pico da doença em julho e dá sinais de que está caminhando para a queda na curva de contágio. Foi á terceira explanação do secretário no Legislativo durante a pandemia. O convite partiu do presidente da Casa, vereador Edson Miranda Vieira, o Edson Peroba (Cidadania).

O secretário Alexandre Vieira explicou que o aumento da testagem da doença foi o principal motivo do aumento dos números registrados até o momento. “Em julho, os planos de Saúde passaram a incluir esse serviço e a prefeitura ampliou a quantidade de testes realizados, chegando a testar 97% das pessoas que procuraram atendimento médico”, disse Alexandre, acrescentando que a reabertura do comércio e a retomada das atividades econômicas podem ter contribuído para o aumento da contaminação, mas não foram decisivos para tal. “Em se tratando de uma doença com alta transmissibilidade e levando em conta que o comércio voltou a funcionar no mês de abril, não faz sentido culpar o retorno das atividades econômicas pelo grande aumento da contaminação que tivemos em julho”, argumentou.

Para o Vieira, a falta de cuidado da população para prevenir a transmissão do vírus, porém, teve papel importante na elevação da curva. “As pessoas se cansaram e relaxaram os cuidados. São frequentes os casos de pessoas contaminadas que haviam participado de festas e confraternizações, causando o adoecimento de vários membros de uma mesma família e, muitas vezes, até mortes”, informou.

Secretário de Saúde, Alexandre diz que ainda não há previsão da volta às aulas em Resende-Divulgação CMR

Por outro lado, o secretário revela que os números de agosto vêm indicando o decréscimo da transmissão. “Em julho, Resende tinha uma média semanal de 100 a 120 pacientes ativos, esta semana temos 99 pessoas nessa situação e já estamos longe de ter todos os leitos hospitalares ocupados”, explicou Vieira, informando que a taxa de ocupação dos leitos na cidade é de 18% nas enfermarias e 65% nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), abrangendo hospitais públicos e privados. Ele lembrou também que o município ainda não ativou seu plano de contingência para a Covid-19 e que, portanto, há novos leitos a serem disponibilizados nas redes pública e privada em caso de necessidade. “Chegamos a pensar que teríamos de mobilizar esses leitos em julho, mas não foi necessário e, para evitar o que aconteceu com os hospitais de campanha em várias partes do país, que foram abertos, geraram despesa e ficaram vazios, estamos aguardando.”, revelou.

VOLTA ÀS AULAS

No que diz respeito à volta às aulas, o secretário Alexandre Vieira informou que o assunto está sendo estudado por um grupo de trabalho formado pela prefeitura com a participação da comissão de Educação da Câmara de Vereadores, funcionários das secretarias de Educação e de Saúde, além de representantes da rede pública e privada de ensino. “Estamos fazendo um planejamento para a reabertura das escolas e os trabalhos já estão em estágio avançado, com as diretrizes no que tange à infraestrutura necessária para o retorno das aulas, com segurança já concluídas. As questões pedagógicas também estão sendo discutidas. No entanto, não ha previsão de volta às aulas”, adiantou o secretário.

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