Secretaria de Educação de Resende vai realocar crianças da Creche Dona Lili para Ciep 489 e Creche São Vicente de Paulo

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RESENDE

Os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil Maria das Dores de Almeida Duarte, Creche Dona Lili, na Morada do Contorno, serão realocados a partir da próxima quarta-feira, dia 11. A unidade que assiste 87 crianças entre 1 e 3 anos, foi danificada com um incêndio na madrugada do dia 5. A unidade, que emprega 22 servidores públicos, contava com seis salas de aula, um refeitório, sala de direção e secretaria.

Segundo a Prefeitura de Resende, as crianças da creche 2 e 3 vão para o Ciep 489 – Augusto de Carvalho, situado na Rua dos Tupis, s/nº, na Cidade Alegria, já as da creche 1 serão transferidas para a Creche São Vicente de Paulo, que fica na Rua das Violetas, s/nº, na Cidade Alegria.

Simultaneamente, a Prefeitura de Resende vai reformar um espaço dentro do Ciep 489, transformando em uma creche definitiva para atender as três turmas. A obra vai durar aproximadamente 30 dias. Para consolidar as novas diretrizes, a Secretaria de Educação de Resende está convocando todos os pais de alunos da Creche Dona Lili para uma reunião, na próxima segunda-feira, dia 9, às 17 horas, no Ciep 489.

O encontro contará com a presença da secretária municipal de Educação, Rosa Frech, da presidente do Instituto Educar, Alice Brandão, e da direção e funcionários da Creche Dona Lili. No local os pais receberão todas as informações sobre o remanejamento dos estudantes para outras unidades da Rede Municipal de Ensino e poderão tirar dúvidas sobre o processo, que deverá começar na próxima quarta-feira, dia 11. Na segunda e na terça-feira, dias 9 e 10, respectivamente, a Secretaria Municipal de Educação fará a instalação do mobiliário necessário para acomodar os alunos nas unidades onde eles serão temporariamente acolhidos.

A Creche Dona Lili foi prejudicada após incêndio na madrugada do dia 5 – Foto: Divulgação

A sede da Creche Dona Lili, situada na Rua Tocantins, nº 1, na Morada do Contorno foi destruída após incêndio. As chamas teriam começado pela sala 14, onde estavam armazenados produtos de uso da creche e que são inflamáveis, como colchões e fraldas. As mães ficaram desoladas com a situação. “Muito triste ver o espaço que deixávamos nossos filhos assim, desmoronando em cinzas. Vamos aguardar a decisão da prefeitura e seguir nossa rotina levando as crianças. É triste imaginar o que pode ter acontecido, provocado o incêndio. Se foi criminoso, lamentável que alguém faça isso prejudicando diversas famílias. A polícia tem que agir logo”, disse uma mãe revoltada, moradora da Cidade Alegria e que optou em não se identificar.

O CMEI Dona Lili assiste 87 crianças de 1 a 3 anos, na Morada do Contorno. As imagens mostram a unidade antes do incêndio – Arquivo

O comentário dela tem como base o fato de a Polícia Civil estar no caso, após a Prefeitura de Resende registrar o incêndio em Boletim de Ocorrência pelos danos ao patrimônio público. Segundo informações do governo municipal, ao menos dois peritos da Polícia Civil fizeram a vistoria na Creche Dona Lili e o laudo final será emitido em 15 dias, indicando, por exemplo, se as chamas foram provocadas por um acidente ou ação criminosa. A prefeitura informou que o incêndio provocou perdas patrimoniais, além de toda a documentação dos alunos. A creche vinha recebendo serviços regulares de manutenção e não havia indícios de problemas na parte elétrica.

O prefeito Diogo Balieiro acompanhou o trabalho dos Bombeiros durante o incêndio e nesta sexta-feira determinou o remanejamento dos alunos, em decisão conjunta com a pasta da Educação. Pela rede social, o prefeito disse que são soluções provisórias e outras definitivas elaboradas pelo Gabinete de Crise entre seu gabinete e a Educação. Diogo assegurou que confia no trabalho da Polícia Civil, que vai identificar as causas do incêndio.

A Creche Dona Lili foi construída em 2016, em módulos habitacionais, que foram consumidos pelas chamas durante o incêndio – Arquivo

O CMEI Dona Lili foi construído com recursos do Governo Federal e funcionava em módulos habitáveis desde 2016, após ter sido interditado dois anos antes, por ordem judicial, em função do desabamento de parte de uma laje. Para retomar as atividades na unidade, o poder público municipal à época optou pela utilização dos módulos habitáveis, adquiridos através de um processo licitatório, realizado em 2015.

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