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Sebastião Leite entra na Justiça para ser empossado no cargo de vereador de Volta Redonda

Por Carol Macedo

VOLTA REDONDA

No dia 27 de junho foi divulgado o afastamento do vereador Vander Temponi Faria (PTB) do cargo por 180 dias após uma decisão judicial. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a decisão emitida pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa. A suspeita é de rachadinha. Temponi informou que recorreria da decisão. A câmara foi comunicada dois dias depois que a decisão veio à tona e até hoje o suplente, Sebastião Leite não foi chamado para assumir a cadeira vaga e na última semana entrou na Justiça.

Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, Leite contou que entrou com processo na Justiça na sexta-feira, 7, e que o juiz da 6ª Vara Cível já tinha solicitado o parecer do Ministério Público acerca do caso para se pronunciar. “A tramitação na Justiça até que está sendo com bastante agilidade. Tomei um caminho que me é de direito, de quem conseguiu disputar uma eleição e ficar na suplência. A câmara tem hoje a vacância de uma cadeira e, segundo o Regimento Interno e a Lei Orgânica, não pode acontecer. Nesta terça-feira foi convocada uma sessão extraordinária por parte do prefeito e faltou a representatividade de um parlamentar”, disse Leite, lembrando que o Legislativo está em recesso de suas sessões e a convocação foi feita para análise de uma mensagem do prefeito Antonio Francisco Neto.

Nesta terça-feira também o suplente que aguarda convocação da câmara teve outra conversa com o presidente da Casa, o vereador Paulo Conrado. “Ele me disse que aguarda o parecer jurídico que deve ser dado até esta quarta-feira”, contou. Na última semana foi realizada uma reunião entre Conrado e Leite que apontou a necessidade de um parecer jurídico para que o suplente pudesse assumir. Logo depois ele se reuniu com o procurador da Casa.

Hoje, o presidente da câmara, Paulo Conrado, também foi procurado pelo A VOZ DA CIDADE, mas não respondeu os questionamentos feitos.

O CASO

O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira emitiu a decisão e afastamento de Temponi por suspeita do crime de rachadinha. O MPRJ informou que identificou pelo menos 47 ocorrências de repasses de servidores ao vereador entre janeiro de 2021 e julho de 2022, e o órgão afirma que ele liderava esquema de ‘rachadinha’.

O MPRJ diz que além do parlamentar, outras quatro pessoas foram denunciadas pelo envolvimento no esquema e responderão pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e usurpação de função pública.

O juiz teria apontado que Temponi teria estruturado uma organização criminosa para proporcionar o desvio de grande volume de dinheiro público. “Isso era feito mediante a tomada sistêmica da maior parte do salário de servidores nomeados em seu gabinete, com entrega pessoal de valores em espécie, transferências em favor do próprio vereador ou a terceiros com quem Temponi mantinha compromissos. Ainda de acordo com a denúncia, os servidores ficavam com apenas cerca de R$ 1 mil dos mais de R$ 7 mil que recebiam oficialmente a título de salário”, aponta o MPRJ, completando que a denúncia encaminhada aponta que o vereador praticou por diversas vezes o delito de lavagem de dinheiro com intuito de ocultar e dissimular a origem dessas remunerações que eram desviadas.

O vereador Temponi foi novamente procurado nesta terça-feira, 11, pelo A VOZ DA CIDADE e disse que aguardava posição do seu advogado.

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