Se consumida em excesso, castanha-do-pará pode fazer mais mal do que bem

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SUL FLUMINENSE

Querida das dietas, a castanha-do-pará merece toda a fama conquistada: tem gordura boa, dá saciedade, é rica em minerais e tem poder antioxidante. Mas, se for ingerida em excesso, também pode fazer mal já que ela possui selênio.

O selênio é um mineral com função antioxidante, que ajuda a reduzir o estresse oxidativo (excesso de radicais livres) no organismo, relacionado com o aparecimento de várias doenças, como aterosclerose.

A castanha-do-pará é a principal fonte natural de selênio. O problema é que às vezes ela tem selênio demais –e, em excesso, esse mineral é tóxico. Se o consumo excessivo continuar por muito tempo a pessoa pode ter diarreia, queda de cabelos e ficar com as unhas fracas. O quadro clínico é conhecido como selenose.

Qual é, então, a quantidade recomendada de castanha? Depende de onde vem o produto. A concentração de selênio na noz varia de acordo com a quantidade do mineral no solo.

No Brasil, as castanhas da região Norte são as que mais têm selênio, e as do Sudeste, as que menos têm, de acordo com amostras analisadas pelo Laboratório de Nutrição e Minerais da USP. A recomendação diária de selênio para adultos é de 55 microgramas por dia (µg/dia). A ingestão máxima tolerável, que não traz efeitos adversos para o organismo, é de 400 µg/dia.

Conclusão: se você comprar castanha-do-pará num mercado em São Paulo ou em outra cidade do Sudeste (ou mesmo do Sul), em geral, pode comer até duas por dia. Se comprar (ou ganhar) castanha da região Norte, talvez seja melhor comer uma ou duas unidades por semana. A castanha produzida no estado do Amazonas, em geral, é riquíssima em selênio. No Acre, em algumas regiões, o solo é mais pobre no mineral. Segundo ela, não é preciso deixar de consumir o alimento. A principal recomendação é a ingestão moderada.

Com moderação, a castanha ajuda a equilibrar o perfil lipídico (aumenta o colesterol bom), além do efeito antioxidante, benéfico principalmente para quem tem diabetes ou é obeso, de acordo com pesquisas.

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