Quase cem anos atrás, 1930, foi criado entre os clubes do Rio de Janeiro e São Paulo o Torneio Rio-São Paulo. Entretanto, as dificuldades da época, a Revolução de 1930 e a Segunda Guerra Mundial prejudicaram o que se esperava ser o maior torneio de futebol das Américas.
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A primeira edição, ganha pelo Palestra Itália (hoje Palmeiras) tendo o Bangu – quarto colocado – como o melhor do Rio, só foi disputada em 1933. As edições de 1935 a 1939 e de 1941 a 1949 não foram realizadas e as de 1934 e 1940 foram interrompidas ainda na primeira fase.
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Inspirado pela Copa do Mundo no Brasil, em 1950 o Torneio Rio-São Paulo voltou a ser disputado anualmente e em 1954 passou a se chamar Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Em 1967 foi ampliado com a participação dos clubes de outros estados. No ano seguinte virou Taça de Prata, passou a ser administrado pela atual CBF e virou Campeonato Brasileiro.
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Palmeiras com 409 pontos, Vasco da Gama/345 (primeiro carioca a conquistar o título), Corinthians/341, São Paulo/319 e Botafogo/301, são os clubes com maiores conquistas no Torneio Rio-São Paulo. Fla/290, Flu/280, América/119, Bonsucesso/21, Americano/11 e Olaria/2 completam a lista.
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Os tutores do “Robertão” – as federações de futebol do Rio e de São Paulo – tentaram resgatar sua memória, mas a iniciativa resistiu apenas uma década entre 1990 e 2002. Lembrar os tempos de glória do Torneio Rio-São Paulo nos leva a lembrar os atuais tempos de gloria da Copa do Nordeste.
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Ontem à noite, na decisão, os duelantes Bahia e Ceará, quem tiver vencido a Copa 2020, além dos outros valores ganhos ao ultrapassar etapas até chegar à final, recebeu de prêmio a Taça e 1 milhão de Reais.
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Ao todo, a Copa do Nordeste pagou mais de trinta e quatro milhões aos 16 clubes que disputaram o torneio. A maioria desses times está longe de conquistar um título nacional, mas pode protagonizar com brilho de estrela em certames regionais relevantes.
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Como os campeonatos estaduais estão cada vez mais deficitários, o êxito financeiro e o caráter de excelência esportiva de expressão regional como a Copa do Nordeste podem sugerir a criação de competições semelhantes em outras regiões brasileiras.
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Para os clubes de médio e pequeno porte, ótimo. Para os grandes, a oportunidade de dar visibilidade aos seus enormes contingentes de atletas, de olho nas janelas de transferência e na grana que isso pode render.