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Domingo passado, quando defendia em Portugal o FC Alverca, na partida contra o Almerim, o brasileiro Alex Sandro dos Santos Apolinário caiu desacordado no gramado. Alex, de 24 anos e ex jogador do Cruzeiro, Atlético e Botafogo de Ribeirão Preto foi imediatamente socorrido com desfibrilador, levado de ambulância para o hospital, mas não resistiu e morreu.
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Em setembro do ano retrasado Danilo, 30 anos, filho do jogador Cafu, também desmaiou durante uma partida de futebol que havia começado dez minutos antes. Não era um jogo profissional, apenas uma peladinha no campinho da casa do capitão da seleção brasileira pentacampeã mundial. Imediatamente socorrido pelo pai e amigos, Danilo não resistiu e morreu.
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Recentemente o jogador nigeriano Michael Ojo, de 27 anos, morreu após um ataque cardíaco enquanto treinava basquete sozinho. E faz exatamente um ano que o jogador de futsal Luís Fernando dos Santos, de 19 anos, estava na casa da mãe, em Ponta Grossa, Paraná, quando começou a sentir falta de ar. Embora socorrido rapidamente, morreu.
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Se fosse indagado, o competente e experiente cardiologista Dr. Luiz Carlos Suckow do Amaral, apaixonado pelo esporte e pelo Flamengo, certamente diria que geralmente as causas de morte súbita durante a prática esportiva ou até fora dela são bastante diferentes entre atletas jovens e atletas mais velhos.
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De fato, segundo a estatística, em média apenas um a três em cada 100.000 atletas jovens considerados saudáveis desenvolvem uma anormalidade do ritmo cardíaco de início súbito e morrem repentinamente durante a prática de exercícios. E homens são atingidos até 10 vezes mais do que mulheres.
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O coração também não é o único órgão vilão. Nem o nosso futebol, o dos americanos ou o basquete, onde os contatos físicos entre os jogadores são constantes e viris, devem ir sozinhos para o banco dos réus. As mortes na prática esportiva podem ocorrer ocasionadas por muitas razões diferentes.
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Dia 13 de janeiro de 1889, por exemplo, William Cropper jogava críquete quando levou uma bolada forte na barriga. Morreu no dia seguinte com ruptura intestinal. Três anos depois, embora seu nome lembrasse pneu, James Dunlop pisou em um pedaço de vidro e morreu de tétano.
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Recentemente, os choques de cabeça vestiram o uniforme de verdugos e passaram a vitimar atletas mais frequentemente. Foi o caso do Tommy Blackstock. 25 anos, jogador do Manchester United, ele subiu e cabeceou a bola. Quando desceu caiu morto vítima de um colapso. Mas não se assustem. Apenas sejam precavidos porque até a inocente natureza pode matar.
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Tony Allden, Erik Jongbloed, Stefan Petrovski, o sul-africano Luyanda Ntshangase e os brasileiros Marco Alexandre Souza Barbosa, Antonio Lopes Souza e Valdemir Massaia estão entre centenas de atletas que morreram nos últimos 20 anos fulminados por um raio.
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