Sassaricando – Oscar Nora – 21 de setembro de 2021

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Foto: Internet

A Fifa anunciou ontem que realizará uma cúpula virtual com suas filiadas para debater mudanças no calendário internacional do futebol. A reunião está programada para quinta-feira da semana que vem, último dia do mês de setembro.
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A pauta principal da reunião será a realização da Copa do Mundo de seleções a cada dois anos, em vez de quatro. É um desejo de consumo antigo da Fifa. A pandemia colocou milhões de pessoas em isolamento social o que despertou interesse de novas plateias pelo futebol. Quem não via, viu, passou a gostar e agora engrossa o número de interessados pelo esporte.
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Como a partir de 2026 o número de equipes na competição aumentará 50 por cento, passando das atuais 32 para 48 equipes, a mudança levará mais seleções à fase final da Copa do Mundo. A Copa de 2026 será realizada em três países ao mesmo tempo: Canadá, Estados Unidos e México. E nesse aspecto outro argumento fortalece o Mundial com periodicidade bienal.
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Sendo de dois em dois anos, dobra a chance de um país se tornar sede do torneio, o que agrada quase todas as confederações que reconhecem que o calendário internacional deve ser reformado e aprimorado. Arsène Wenger, atual diretor de desenvolvimento da Fifa, por exemplo, defende a realização de um torneio internacional de seleções todos os anos.
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Seus companheiros, porém, acham que ele está exagerando. Um torneio internacional anual de seleções replicaria em complicações danosas para a Eurocopa e a Copa América.
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Na reunião do dia 30, a Fifa ressaltará seu compromisso e preocupação de sempre debater com o foco de envolver vários cenários onde estão os interessados, especialmente os torcedores, gerando um crescimento sustentável do futebol em todas as regiões do mundo, em todos os níveis.
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Sem dúvida o propósito do mundial bienal é atraente, mas a Fifa encontrará oposição forte. A Uefa e a Conmebol, além das federações portuguesa e alemã, se mostraram contrárias à ideia de uma Copa do Mundo bienal, mesmo depois de ficarem sabendo que o resultado de uma enquete online, com mais de 23 mil pessoas, mostra 55% de apoio à iniciativa de reduzir o intervalo entre as copas do Mundo.
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Se prevalecer sua proposta, a Fifa irá respirar mais aliviada com a Copa de 2030. A América do Sul, com Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai, disputa a candidatura com a Inglaterra, Espanha e Portugal na Europa. Quem perder, ganha a edição de 2032 e, de quebra, em 2034, a China receberia o Mundial.
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