Sassaricando – Oscar Nora – 21 de dezembro de 2019

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Foto: Divulgação

Às duas e meia da tarde de hoje, quando a decisão final do Mundial de Clubes começar, chegará ao clímax o sentimento de dúvida que há varias dias disputa espaço com a ansiedade, o temor e a esperança, no imaginário dos torcedores do Flamengo. Só do Flamengo, não! Dos adversários do Flamengo e, claro, do Liverpool.
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Por natureza os ingleses, saxões, são mais circunspectos, bem diferentes dos brasileiros, latinos, cuja marca é a passionalidade. Junte nesta receita a desilusão com a seleção brasileira e a brilhante campanha do Flamengo, de causar inveja a qualquer um. Sairá do forno, quentinho, um saboroso bolo polarizado e de camadas chamado “Flamengo x Liverpool”.
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Numa das camadas do bolo estará o “sabor-paixão” dos habituais torcedores do Flamengo e dos novos aficionados que por ele passaram a torcer também. Na outra camada, estará o “sabor-seca-pimenteira” temperado pelos que preferem aplaudir possível infortúnio do rubro-negro.
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Após o banquete dessa tarde quem estará com indigestão? Quem será o vencedor do embate Flamengo x Liverpool? Nem pai de santo baiano arrisca fazer previsão. Dizem que o Liverpool é o melhor time do mundo. Será? O valor de mercado do Flamengo – 650 milhões de reais, é insignificante diante dos 4 bilhões do Liverpool. Mas isso decide alguma coisa?
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Meu amigo Dr. Ademir Cecílio, brilhante advogado da nossa região, diz que em tudo na vida é indispensável ter “animus operandi”, vontade de fazer. O treinador Jorge Jesus incutiu com êxito esse espírito da expressão latina no comportamento da equipe que ele dirige. Logo, o Flamengo vencerá e será o campeão.
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Diferentemente do que aconteceu em 1981, agora descansados, os jogadores do Liverpool poderão produzir mais. Além disso estão mordidos com a recente eliminação no Champions League e com o sentimento de desforra pela derrota – fazem 28 anos – sofrida diante do mesmo Flamengo, na mesma disputa do Mundial. Logo, o Liverpool será o campeão.
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Pergunto ao estimado leitor: algum outro esporte coletivo no mundo oferece tantas variáveis de resultado como no futebol?
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Foto: World Surf League

Numa histórica e concorrida decisão ontem, em Piperline, o brasileiro Ítalo Ferreira, surfista da Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, venceu o campeonato mundial de surf de 2019. A disputa é histórica: pela primeira vez, dois brasileiros participaram da decisiva rodada final. Além disso, é a quarta vez em seis anos que um campeão do circuito da WSL – World Surf League é brasileiro. Ítalo, este ano, Gabriel Medina (2014 e 2018) e Adriano de Souza, o Mineirinho (2015) já foram campeões.

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