Sassaricando – Oscar Nora – 20 de junho 2020

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Foto: Divulgação

Karim Mustafa Benzema, para o imposto de renda, e apenas Benzema para os íntimos, desbancou um dos maiores artilheiros do futebol. Benzama ultrapassou Puskas e se tornou o quinto maior goleador da história do Real Madrid. Agora, o exclusivo clube dos merengues está assim: Cristiano Ronaldo/451 gols, Raul/323, Di Stéfano/308, Santillana/290, Benzema/243, Puskas/242.
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Comparando os números, parece um exagero afirmar que Puskas é um dos grandes artilheiros da história do futebol, mas não há exagero. Na sua época – entre 1950 e 1960 – o número de partidas era bem menor do que é hoje em dia. Ao falecer em 2006, Puskas deixou uma herança de 705 gols. Além dos gols pelo Real Madrid, são 379 pelo Honved e 85 em 84 jogos na seleção da Hungria.
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Na Copa do Mundo de 1954 a seleção brasileira tentava se recuperar do fracasso em 50. A seleção da Hungria eletrizava o mundo com seu fantástico futebol. As duas seleções se enfrentaram – H4 x 2B – em uma partida de muita pancadaria conhecida como “batalha de Berna”. Lesionado, Puskas não jogou, mas atuou. Na troca de tapas na descida para os vestiários, rasgou a testa do zagueiro Pinheiro com uma garrafada.
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Neymar se deu mal na ação em que pedia bônus pela assinatura da renovação do seu contrato com o Barcelona em 2016. Na verdade, o brasileiro não cumpriu o contrato, pois se transferiu para o Paris Saint-Germain no ano seguinte. Neymar terá de pagar 40 milhões de reais.
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O Tapetão, metáfora que no futebol significa ganhar na justiça o que o clube perdeu em campo, tem muitos protagonistas. Vasco e Botafogo em 1986, Grêmio em 1990, Fluminense e Bragantino em 1996, São Paulo e Sandro Hiroshi em 1999. Tem até árbitro como ator principal. Em 2005, ao descobrir que seu apitador Edilson Pereira de Carvalho recebeu propina, a CBF realizou novamente 12 jogos do campeonato brasileiro.
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O campeonato carioca pode se tornar o tapetão mais recente. Um tapetão gigante, a começar pela Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro outorgando aos clubes mandantes a propriedade dos direitos de transmissão dos jogos de futebol, podendo negociar suas partidas independentemente dos adversários.
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Com esse direito o Flamengo, que não chegou a um acordo com a TV Globo, quinta-feira enfrentou o Bangu no Maracanã sem torcida e sem televisão. Vasco da Gama jogará contra o Macaé no domingo, com televisão. Fluminense e Botafogo, contudo, insistem em não entrar em campo segunda-feira. Então não teremos torcida, televisão, e nem partida.
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Se o Fluminense não jogar contra o Volta Redonda e o Botafogo fizer o mesmo contra a Cabofriense, os dois times perderão por W.O.. Se repetirem a dose contra o Macaé e a Portuguesa, adversários na última rodada da Taça Rio, poderão ser rebaixados para a segunda divisão como está previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
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O mesmo artigo do CBJD ressalta que a punição só é válida para quem deixar de disputar partidas sem justa causa. Com os momentos atípicos na pandemia do coronavírus Covid-19, esse argumento se torna o gatilho perfeito para disparar um tapetão de longa duração nos tribunais.

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