Sassaricando – Oscar Nora – 19 de abril de 2022

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Há algum tempo o Red Bull Bragantino vem dando belo exemplo de competência. No ano passado foi vice-campeão da Sul-Americana e ficou em sexto lugar no Brasileirão, conquistando a vaga inédita para disputar a Copa Libertadores da América. O RBB tem poucos torcedores e no seu grupo de jogadores nenhum deles é medalhão.
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Apesar de ser estreante no torneio de futebol de clubes mais importante das américas e de estar em um grupo fortíssimo, o Red Bull venceu o Nacional na estreia, empatou com o Vélez em Buenos Aires e, vejam só, divide a liderança com o Estudiantes. Ambos com 4 pontos, os dois se enfrentam na próxima rodada, novamente na Argentina.
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O que explica o crescimento repentino do Bragantino? Sem dúvida o aporte financeiro vindo da Áustria ajudou, mas não apenas é isso que tem feito o time do interior paulista ser uma grata surpresa e caminhar solenemente para ocupar cadeira cativa no clube dos gigantes. A boa gestão tem sido fundamental nas glorias do Bragantino.
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No oposto do sucesso, o que explica o momento de fragilidade do Vasco da Gama, do Cruzeiro e do Barcelona? Os dois brasileiros, depois de duas rodadas, patinam no oitavo e nono lugares. O time europeu acaba de ser desclassificado na Liga da Europa, derrotado pelo modesto Eintracht que ocupa a nona colocação na Bundesliga. O que explica esse paradoxo? Falta de dinheiro? Falta de gestão eficiente? Ou as duas coisas ao mesmo tempo?
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O maratonista volta-redondense Luiz Antônio dos Santos, medalha de bronze no Campeonato Mundial de Atletismo de 1993, bicampeão na Maratona de Chicago, campeão na Maratona de Fukuoka e campeão em várias outras maratonas, deve estar feliz lá no céu onde mora desde novembro do ano passado.
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O mineiro Ronaldo da Costa, caçula de 11 irmãos, vencedor da Corrida de São Silvestre de 1994, medalha de bronze nos 10 mil metros nos Jogos Pan-americanos de 1995 e campeão da Maratona de Berlim em 1998, com o tempo de 2h06m05s, estabelecendo um novo recorde mundial, que já durava quase 10 anos, também deve estar feliz.
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É que Daniel Nascimento – melhor brasileiro na Corrida Internacional de São Silvestre de 2019, campeão da Copa Brasil Caixa de Cross Country 2020, Campeão da 14ª Meia Maratona Internacional de São Paulo, bicampeão dos 10.000 metros do Troféu Brasil de Atletismo, campeão da Maratona “El Bicentenario del Perú” e campeão Sul-Americano dos 10.000 metros – acaba de fazer bonito na maratona de Seul.
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Foto: Divulgação/Internet

Daniel não venceu a prova, terminou em terceiro lugar. Mas o com tempo de 2h04min50s foi, mais de 1 minuto mais rápido que Da Costa, tornando-se o novo recordista sul-americano para a distância. Daniel foi além, obtendo a melhor marca já feita por um atleta não-nascido na África. Volta Redonda e Descoberto – ali pertinho de São João Nepomuceno – aplaudem Daniel Nascimento. Em Paraguaçu Paulista, os conterrâneos do novo recordista estão todos de pianinho de fora.

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