Sassaricando – Oscar Nora – 18 de setembro de 2021

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Foto: Redes Sociais

Animada com a desistência do Japão, a Prefeitura do Rio está organizando sua candidatura para sediar o Mundial de Clubes deste ano. Mas a bola está sendo lançada muito alta para a Cidade Maravilhosa marcar o gol de cabeça e coroar de êxito sua intenção. Raposa felpuda que é, a Fifa sabe que é indispensável a presença de público nos estádios. Mas, sabe também que fazer gol de placa no Brasil, onde as sentenças liminares trocam de lado a todo instante, é muito difícil.
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Veja só o caso do público nos estádios em jogos recentes. O presidente do STJD fez corpo mole e não quis apreciar antecipadamente o pedido de 17 clubes e da própria CBF para cassar a liminar favorável ao Flamengo. Então, houve a partida no Maracanã, na quarta-feira, com o testemunho dos torcedores no estádio. Foi uma alegria só, diante da expectativa de muita grana a ser recebida dos ingressos caríssimos nos próximos jogos.
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Esqueceram de combinar e, no dia seguinte, o vice-presidente do mesmo STJD, cassou a liminar do Flamengo. Acaba, aí, a guerra das liminares? Inseguro em oferecer uma opinião para os atenciosos leitores dessa Coluna, liguei para alguns pais-de-santo baianos que conheci em Salvador, na Bahia. Apesar das insistentes tentativas, os telefones deles estavam todos na caixa postal e nenhum me retornou a ligação.
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Pesa também a exigência da quarentena. Além disso, a África do Sul – onde a legislação e a gangorra da toga são diferentes e menos frenéticas – é candidata a sediar a competição.
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Para evitar dúvidas e deixar claro que ele é quem manda por lá, o governador do Amazonas, Wilson Lima, confirmou que o jogo entre Brasil e Uruguai, dia 14 de outubro, na Arena Amazônica, terá presença de público. O estádio tem capacidade para 44 mil pessoas e como a liberação é de 30%, mais de 13 mil manauras poderão vibrar ao vivo com a seleção do Tite, enquanto degustam os croquetes de carne de tartaruga.
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Os jogos no Amazonas vinham sendo realizados de portões fechados. Agora, para deixar o estádio impecável foi feita uma revisão geral e se descobriu que os refletores da Arena Amazônica estão queimados. Como a grana está curta, a solução foi pegar lâmpadas emprestadas do estádio Ismael Benigno, a Colina, também em Manaus. No igarapé do Tarumã, onde a turma joga uma peladinha no final da semana, todos acreditam que a seleção brasileira estará iluminada e vencerá novamente em Manaus, como venceu em 2016, quando esteve por lá, derrotando a Colômbia por 2 a 1, na estreia de Tite, em jogo da seleção no Brasil.
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