Sassaricando – Oscar Nora – 17 de outubro de 2018

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Numa partida cheia de cartões amarelos – foram seis: Neymar e Miranda; Leandro Paredes, Giovani Lo Celso, Renzo Saravia e Rodrigo Battaglia, distribuídos não necessariamente na ordem citada, o Brasil venceu a Argentina por um a zero e conquistou a taça Super Clássico, na última data Fifa de outubro.
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Brasil e Argentina são notoriamente adversários permanentes na luta pela supremacia do futebol sul-americano. A pegada mais forte no duelo de ontem, em Jidah, na Arábia Saudita, só se explica pelo exibicionismo excessivo de Neymar e o desejo dos novos jogadores mostrarem que foi boa a escolha deles na sucessão das gerações portenhas.
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De fato, Messi, Mascherano, Agüero, Higuaín e Di Maria, craques famosos e consagrados, foram substituídos por novos talentos chamados pelo novato Lionel Scaloni, técnico interino que pode ser fixado no cargo com a missão, entre outras, de fazer esquecer o grande fiasco do seu antecessor Jorge Sampaolini.
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De certa forma, Tite fez coisa parecida. Nem tanto por ter escalado novos jogadores, caso do Arthur e do Richarlyson. Marcelo não jogou porque está machucado. Douglas ficou de castigo por ter cuspido em um adversário. A novidade do técnico brasileiro esteve mais presente na formação tática da equipe, o que parece não deu muito certo.
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Tite escalou dois atacantes – Roberto Firmino e Gabriel Jesus. Foi horrível. Firmino não era devidamente municiado o que é fatal para um centroavante. Gabriel Jesus, por sua vez, confuso no que efetivamente deveria fazer e, por isso, não fazendo nada de importante, acabou substituído.
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A entrada de Richarlyson com a mesma função resultou na continuação do problema. Com exceção de um único lance isolado, protagonizado pelo ex-atacante do Fluminense que recebeu quase na entrada da pequena área, mas chutou para fora, os brasileiros dominavam o meio campo adversário sem uma conclusão satisfatória.
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Tite é inteligente e certamente percebeu que o quatro-quatro-dois precisa ser remodelado. Tanto que o gol da vitória brasileira, em cobrança de escanteio, foi feito por um zagueiro. Tite também precisa colocar a mão no ombro do Neymar e lhe falar baixinho: “– você é ótimo, mas está driblando além da conta.”
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Foto: Alexandre Castello Branco/COB

Brasil e Rússia decidem amanhã, quinta-feira, a medalha de ouro do Futebol de Salão dos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018. Para chegar à decisão, os brasileiros tiveram que superar os atletas argentinos por 3 a 2, na semifinal, na segunda-feira e aprender a superar fortes pressões. Na véspera da partida, foram reunidos dentro de uma sala da Vila Olímpica, com os olhos fechados e ouvindo uma gravação da torcida argentina cantando em alto volume. Foi uma terapia da área de Preparação Mental do Comitê Olímpico do Brasil sob orientação da psicóloga Alessandra Dutra. Deu certo!

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