Sassaricando – Oscar Nora – 17 de novembro de 2018

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Quem assiste aos jogos do campeonato brasileiro, presente no estádio ou nas imagens das transmissões da televisão, certamente tem observado o protocolo criado pela Confederação Brasileira de Desportos executado antes da partida de futebol efetivamente começar.
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É um protocolo solene, creio, com a intenção de enaltecer os valores éticos, morais e de cidadania inerentes aos confrontos esportivos. No protocolo, os jogadores entram em campo precedidos pelo árbitro e seus auxiliares. Crianças, simbolizando os torcedores e os brasileiros do futuro, fazem parte do séquito de mão dada com os atletas.
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Na caminhada cadenciada, sua senhoria recolhe a bola do jogo depositada num totem discreto, quase austero. O trajeto prossegue. Em seguida, todos se posicionam dentro do campo onde, perfilados, acompanham a execução do Hino Nacional Brasileiro.
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É nesse momento que a solenidade bonita e elegante se transforma. Perde seu encanto. Alguns cantam o hino, outros não. Alguns se posicionam respeitosamente atentos à bandeira brasileira – por sinal frequentemente desprezada nos enquadramentos da televisão. Até jogador coçar o saco – lato sensu e stricto sensu – já foi visto.
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Adultos e crianças que deveriam protagonizar saudável e solene momento cívico, se tornam atores grotescos nas cenas lamentáveis. Certamente nenhum deles foi preparado para aquele momento. As crianças são cúmplices inocentes da tragédia. Em nome delas se pretende a escola com partido e ideologia. Mas, ao que parece, sem civismo e sem amor à pátria.
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Por falar nisso, nos Jogos Escolares da Juventude brasileira, este ano sendo disputados em Natal, no Rio Grande do Norte, os jovens de uma delegação japonesa têm atuado como convidados. Estão aqui antecipando uma reciprocidade que haverá com nossa delegação, no Japão, durante os jogos olímpicos de 2020.
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Todos os dias, espontaneamente, a delegação japonesa faz um mutirão exemplar de humildade e educação. Seus jovens limpam toda a arquibancada do complexo de natação, colocam as cadeiras em ordem e depois vêm saudar a arbitragem. Comportamentos assim, transformam um país em uma nação e seu jovens em cidadãos.

Foto: COB/Divulgação

Charme, beleza e destreza marcaram as competições de ginástica rítmica dos JEs Natal 2018. Os destaques na categoria 15 a 17 anos foram Heloísa Bornal e Geovanna Santos, com duas medalhas de ouro cada. Geovanna, da Escola Agenor Roriz, de Vila Velha (ES), conquistou também duas pratas na competição. Representante brasileira no Mundial de Ginástica Rítmica, em setembro, na Bulgária, Heloísa Bornal, do Colégio Carlos de Almeida, de Londrina (PR), é uma das maiores esperanças nacionais do esporte.

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