Foto: Fifa/Divulgação
Quando a Fifa resolveu implantar o árbitro assistente de vídeo nas partidas de futebol, certamente imaginou estar criando um eficiente protocolo auxiliar para o árbitro de campo pelo menos em quatro situações: lances de gol/não gol, pênalti/não pênalti, cartão vermelho e erro de identificação na aplicação de cartões.
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Na prática, o VAR/árbitro de vídeo – três árbitros sentados numa sala diante de monitores de televisão, assistindo imagens do jogo – viria completar o conjunto de ferramentas já disponíveis, entre elas o spray para marcar as posições da bola e da barreira nas cobranças de faltas.
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Dispondo de um rádio comunicador para diálogo imediato, o árbitro assistente de vídeo poderia sempre alertar ao árbitro de campo sobre os lances duvidosos e este, depois de consultar um monitor no campo, confirmar ou revisar sua decisão, sempre a última e incontestável mesmo que esteja errado.
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Na Copa do Mundo e em outros países, principalmente na Europa, talvez pela qualidade e competência do árbitro de campo e de seus assistentes, o VAR tem tido o papel de discreto coadjuvante. No Brasil, porém, o VAR virou protagonista, talvez por faltarem aos nossos árbitros de campo e bandeirinhas essa mesma qualidade e competência .
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O semblante inseguro, a indecente pressão que lhes é imposta pelos jogadores dos dois times e a quantidade de vezes em que altera sua decisão, está transformando o árbitro de campo no folclórico soprador de apitos que o ex-árbitro Mario Vianna gostava de vociferar para Waldir Amaral nas transmissões da Rádio Globo.
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Três episódios ocorridos em apenas uma semana, nos jogos do Flamengo, Vasco da Gama e Fluminense confirmam essa realidade. Na partida Atlético Paranaense x Flamengo, uma semana atrás, três gols do Atlético, em princípio considerados normais, foram anulados depois que o árbitro consultou o VAR.
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Na partida Grêmio x Vasco da Gama, sábado passado, o árbitro anulou um gol legítimo do clube carioca. E na partida Fluminense x Ceará, anteontem, um árbitro confuso e um VAR insistente causaram tanta interrupção que a partida teve 15 minutos de prorrogação.
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Indignado com o que aconteceu em Porto Alegre, o Vasco pediu no Superior Tribunal de Justiça Desportiva a impugnação do jogo porque o VAR foi aplicado incorretamente no lance do gol de Yago Pikachu marcado no reinício do segundo tempo, mas posteriormente anulado pelo árbitro Rodolpho Toski.
A brasileira Ana Marcela Cunha obteve sua classificação para os Jogos Olímpicos Tóquio/2020 ao ficar em quinto lugar nos 10km das maratonas aquáticas, no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, disputado domingo na Coréia do Sul. Com o tempo de 1h54min50s5, Ana Marcela ficou a seis décimos de segundo da medalha de bronze e com o mesmo tempo da sexta e da sétima colocadas.