Sassaricando – Oscar Nora – 14 de junho 2018

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Hoje, meio-dia, em Moscou, na Rússia, é dia da abertura da vigésima edição da Copa do Mundo de Futebol. Embora a Fifa e o Mundial tivessem sido idealizados por Jules Rimet, na França, em 1928, a Copa só conseguiu ser disputada pela primeira vez, dois anos depois, na América do Sul ena cidade de Montevidéu.
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Inicialmente desacredita, é a única edição na história da competição que não teve jogos classificatórios e os participantes foram convidados. Contudo, apenas 13 equipes nacionais aceitaram o convite. Da Europa vieram a Bélgica, França, Romênia e Iugoslávia. Da América do Norte, os Estados Unidos e o México. Da América do Sul, além do anfitrião Uruguai, participaram Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Peru.
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Na tarde de 30 de julho de 1930, com o Estádio Centenário lotado, Uruguai e Argentina jogaram a partida decisiva. Com um time fortíssimo, embalado pelas recentes medalhas de ouro nos jogos Olímpicos de 1924 e 1928, os uruguaios venceram seu tradicional rival e se tornaram os primeiros campeões mundiais de futebol.
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Não sei se Jules Rimet imaginou a exata dimensão de grandeza que a Federação Internacional de Futebol Associado e a Copa do Mundo teriam no futuro. Não creio, por exemplo, que passasse por sua cabeça que a Fifa reuniria mais associados do que a ONU – Organização das Nações Unidas, como ocorre, agora, cem anos passados da idéia que ele teve e consolidou.
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Não creio que também estivesse supondo que um dia, o simples duelo entre dois times,disputando uma partida de futebol – esporte ainda pouco praticado naquela época, mobilizasse bilhões de pessoas detodos os continentes, de todas as culturas, idades, sexos, etnias e credos. Superado, talvez, apenas pelos Jogos Olímpicos de verão.
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Se não pensou ou acreditou em toda essa dimensão, esteve perto de fazê-lo, pois. Jules Rimet foi um visionário, qualidade típica dos empreendedores de idéias geniais. Seu nome foi perpetuado durante trinta anos, gravado no troféu que era entregue – Taça Jules Rimet – temporariamente, a cada quatro anos, ao campeão da Copa do Mundo daquele ano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Hoje não é mais. O estatuto da Fifa assegurava que a primeira seleção que vencesse o torneio por três vezes teria o direito de ficar com o cobiçado prêmio em definitivo. Único país a participar de todas as edições da Copa do Mundo, o Brasil obteve esse direito nas eméritas conquistas de 1958, na Suécia; 1962 no Chile e 1970, no México.
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A Taça Jules Rimet ficou guardada na sede da Confederação Brasileira de Futebol, na Rua da Alfândega, no Rio de Janeiro, durante 13 anos. Até que foi roubada, na noite de 19 de dezembro de 1983. Diferentemente do que ocorreu na Inglaterra, em 1966, quando também foi roubada, mas encontrada por um cão quando fuçava o lixo, dessa vez jamais foi recuperada.
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Um rombo milionário de cerca de 150 milhões de reais. Uma tragédida mortal para o orgulho nacional em um país que calça chuteiras. Nas investigações, quatro pessoas foram incriminadas: o argentino Juan Carlos Hernandes e os brasileiros Antonio Setta – o Broa, Luiz Bigode, Sérgio Peralta e Chico Barbudo. Nomes sugestivos. Mas, no caso do Barbudo, sem qualquer segunda intenção ou maldade.

Começa hoje a 21ª Copa do Mundo de Futebol
Rússia
A Seleção Russa, desde que o comunismo perdeu sua força, não consegue obter os mesmos resultados da antiga URSS no futebol. A seleção foi eliminada ainda na primeira fase nas três Copas do Mundo que disputou em 1994, 2002 e 2014, no Brasil, e não se classificou para nenhuma Olimpíada. Incluindo a antiga União Soviética, esta será a 11ª participação russa no mundial do qual este ano é a anfitriã e onde seu melhor resultado é um 4º lugar em 1966.

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