Sassaricando – Oscar Nora – 13 de junho de 2020

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Foto: Internet/O Curioso do Futebol

Entre 1914 e 1945 a humanidade viveu a tragédia de duas guerras mundiais. Mas, por mais insensato que seja, exatamente nesse período houve o maior avanço científico e tecnológico de todos os tempos. Sonar, Próton, Teoria Quântica Moderna, Acelerador de Partículas, Reator Nuclear. Infelizmente, entre tantas descobertas importantes, também deve ser incluída a bomba atômica.
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Cem anos depois das guerras o mundo assiste a volta da destruição, agora com o nome de coronavírus. Implacável e modernizado de Covid-19, a pandemia vem fazendo óbitos e multiplicando deprimidos. Em Wuhan, onde tudo começou, um rapaz de 26 anos engordou 101 quilos durante cinco meses de isolamento, de gordinho passou a gordão e agora, hospitalizado, pesa 279 quilos.
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Ainda não se sabe quando a vacina bloqueadora ficará disponível, nem quais progressos científicos o vírus irá inspirar. Mas os avanços no altruísmo, na solidariedade, no amor ao próximo estão bem visíveis e presentes. Muito mais do que estiveram antes. Até no futebol a Covid-19 vem deixando sua marca.
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Depois de ter se reunido com representantes de clubes, associações e federações, a Fifa criou esta semana novas recomendações e diretrizes ampliando as questões regulatórias que envolvem a relação contratual entre atletas, clubes, inscrições e competições. Entre as novidades em vigor, a permissão para jogadores atuarem em três clubes diferentes na mesma temporada é uma delas.
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Nesses três meses de paralisação a pandemia se tornou um pandemônio. Os clubes ficaram sem as rendas das bilheterias e das cotas da televisão, mas permaneceram com a obrigação de honrar salários e outras despesas. Na outra ponta, alguns atletas ficaram desempregados porque a duração dos seus contratos era a mesma dos campeonatos.
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Tentando salvar a bola sete na sinuca de bico, a Fifa passa a autorizar o registro e atuação dos jogadores em até três clubes diferentes na mesma temporada, mas com a ressalva de poder atuar em apenas dois clubes nos casos de competições oficiais.
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Na hipótese dos jogadores cujos contratos terminarão nas próximas semanas, antes do fim de campeonatos nacionais e torneios continentais, como a Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Copa Sul-Americana e Copa Libertadores da América, a Fifa orientou as federações a prolongarem os vínculos contratuais respeitando a legislação de cada país.
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A exportação/importação de jogadores no futebol move bilhões de reais. Colocando o polegar nas barras de ouro dessas transações, a Fifa também estabeleceu novos protocolos para clubes e atletas que sonham com a fartura dos mercados da Europa e da Ásia. Parabéns à Fifa. E o abraço ao amigo Gerson, o ‘canhotinha’ de ouro. Cinquenta anos atrás ele encantou cinco diferentes e preciosas camisas com seus lançamentos de precisão cirúrgica.

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