O Fluminense deu mais um passo para a sua SAF, Sociedade Anônima do Futebol. Dessa forma, a expectativa é que nas próximas semanas a equipe receba uma proposta dos investidores, que já definiram um modelo.
O avanço do projeto de SAF no Fluminense reflete não apenas uma mudança administrativa, mas também a ampliação das oportunidades comerciais ligadas ao clube, como as apostas esportivas, que seguem crescendo em popularidade entre os torcedores. Aposta é assunto para adultos.
A Lazuli Partners, uma gestora de investimentos, subsidiada pela LZ Sports, é quem vai administrar a empresa no Fluminense, contando com 15 torcedores milionários do clube. A ideia é que eles comandem o futebol, caso os conselheiros e sócios aprovem.
Integram a lista de torcedores o controlador do BTG Pactual, André Esteves; o diretor-geral da Frescatto, Thiago De Luca; o cofundador da Absoluto Partners, José Zitelmann; além de membros da família Almeida Braga, ligada à Icatu Seguros.
O foco da empresa é colocar os resultados esportivos como prioridade. Além disso, um aporte relevante será injetado, caso seja aprovado. Outro ponto é que devem assumir as dívidas do clube, que estava em R$ 865 milhões no balancete de dezembro de 2024.
Apesar do projeto, os investidores não têm pressa para a conclusão do processo, inclusive, a votação pode ficar para depois da eleição presidencial, com previsão para ocorrer entre novembro e dezembro deste ano.
Presidente do Fluminense falou sobre SAF
Antes do início da temporada, o atual presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, falou sobre a possibilidade de uma SAF e admitiu a venda de mais de 50% das ações do clube, o que repassaria o controle do futebol ao grupo.
“Por isso que falo que é processo longo, de estudo, e vamos fazer o melhor que for para o Fluminense, e nós entendemos que precisávamos abrir o leque para a possibilidade de venda de controle, porque isso pode aumentar a quantidade de dinheiro para fazer time forte aqui, ter investimento e pagar a dívida do clube, o principal”, destacou.
O mandatário também destacou o modelo que acha ideal para essa negociação, sanando todas as dívidas do clube.
“As SAFs que mais me atraem são as, como a do Bahia, que priorizou pagar a dívida para depois montar time forte. Isso pode ser melhor para o Fluminense, e nós aqui vamos sempre priorizar o que for melhor para o Fluminense”, complementou.
Vale destacar que para que o Fluminense se torne SAF, é necessária uma assembleia geral de sócios para a votação.
Ex-presidente do rival fala sobre valor de possível SAF
Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, participou do CNN Esportes S/A e entrou no tema das SAFs. De acordo com ele, se o Rubro-Negro se tornasse uma SAF, os seus valores superariam qualquer clube do país.
“Eu acho que o Flamengo hoje, como instituição — e considerando os múltiplos de mercado, além do potencial de crescimento que ainda tem — valeria, se fosse vendido, algo em torno de 1 bilhão de dólares. Perto de 6 bilhões de reais. Seria, de longe, a maior SAF do Brasil. Disparado”, afirmou.
É importante citar que já há vários clubes no Brasil que contam com SAFs, mas com modelos diferentes. Entre os principais exemplos, podemos citar o Botafogo, Cruzeiro e Bahia, todos na Série A.