BARRA MANSA
Os moradores do bairro Santa Clara entraram em contato com o A VOZ DA CIDADE para falar sobre os problemas que surgiram devido a falta de manutenção e serviços básicos na Rua Vicente de Paula, que fica às margens do Rio Barra Mansa. De todas as preocupação, a maior é que a via está cedendo e ficando cada vez mais perigosa.
Salete Leone, de 55 anos, explica que há pelo menos cinco anos a rua começou a apresentar sinais de desmoronamento. “Todo ano ela desmorona um pouco. Agora, com as chuvas, desceu também uma encosta e os próprios moradores precisaram tirar a terra para que os carros pudessem passar”, disse, acrescentando que com a rua cedendo já é possível avistar uma das manilhas que passam embaixo do asfalto.
Salete relatou ainda que a maior preocupação é que algo mais sério aconteça. “Quando chove o rio enche muito e nosso medo é que a rua acabe cedendo quando alguém estiver passando e o carro pare dentro do rio. A pessoa com certeza será levada, porque a correnteza aqui é muito intensa e perigosa”, falou.
A moradora, Rosane da Silva, de 57 anos, lembra que há alguns anos um carro chegou a cair quando passava pela rua e foi parar em um bambuzal próximo ao rio. “Há um tempo a prefeitura colocou um pequeno muro com escória para que os moradores soubessem o limite da rua, mas mesmo assim, depois que eles fizeram isso um carro que estava passando durante a noite, não viu esse limite e acabou caindo. Lembro que na época o motorista foi até parar no hospital. Isso tudo é um absurdo estar acontecendo, porque pagamos um IPTU caríssimo e nada é feito”, contou.
Francisco Costa, de 62 anos, conta que para ajudar a escoar a água que passa pela rua, ele chegou a colocar uma manilha de concreto saindo do asfalto. O morador também fez um pequeno muro de pedras para tentar delimitar os limites da rua e impedir que os motoristas e pedestres se acidentem. “Como nossa rua é sem saída, se isso ceder ficaremos sem passagem nenhuma. Nós moradores que começamos a tomar as providências para tentar minimizar esses problemas de falta de manutenção, mas cada vez que o tempo passa a situação fica pior e vamos ficando de mãos atadas”, relatou.
Elias da Silva, de 49 anos, conta que com a falta de serviços como capina e a operação tapa-buracos, que diminui os danos sofridos pelo asfalto com o tráfego de veículos e acúmulo de águas pluviais sobre as ruas, os próprios moradores precisaram começar a fazer algo,. “Não me lembro qual foi a última vez que isso foi feito aqui na rua. Quem capina a rua são os próprios moradores. Quando caiu o barranco na última chuva também fomos nós que tiramos a terra”, contou.
O A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a prefeitura que informou que as equipes da Secretaria e Manutenção Urbana e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae-BM), serão encaminhadas à rua para avaliação e levantamento da manutenção. “Após o laudo técnico, a secretaria irá incluir a demanda em sua programação. O Saae-BM também irá inserir a capina da região em seu planejamento semanal”, disse a nota.