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Rodoviários acusam a Sul Fluminense de demitir e não pagar rescisões    

Por Tânia Cruz
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 Rodoviários da Viação Sul Fluminense acusam a empresa de não estar pagando corretamente os direitos trabalhistas dos demitidos. No final da madrugada desta quinta-feira, 21, os trabalhadores se reuniram em frente à sede da empresa, no bairro Voldac para uma manifestação. O grupo chegou a impedir a saída dos ônibus da garagem, mas logo em seguida o manifesto foi encerrado.

De acordo com os trabalhadores, o ato foi uma maneira de cobrar da empresa os direitos deles que estão sendo negados. Acusaram ainda que o Sindicato dos Rodoviários de Volta Redonda está assinando as rescisões sem verificar a situação e acertando as demissões diretamente com a empresa sem a presença dos demitidos.

SINDICATO DESMENTE ACUSAÇÕES

Procurado pelo A VOZ DA CIDADE, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Gama, o Zequinha, desmentiu as acusações. Disse ainda que, em relação às demissões e que a empresa não está pagando os direitos isto é fato. “Já sobre o sindicato está assinado as rescisões não é verdade, pois com a Reforma Trabalhista, as empresas não fazem mais homologação no sindicato”, explicou Zequinha.

O sindicalista informou ainda que já fez comunicado a empresa por ofício que é contra está prática. “Por meio de boletim recente, o sindicato informou aos trabalhadores dizendo aos trabalhadores que é contra tudo o que a empresa está fazendo. Por isso, pretende abrir processo contra a empresa caso não pague os direitos trabalhistas da categoria”, explicou o presidente.

NÚMERO DE DEMITIDOS

Em relação ao número de demissões, Zequinha explicou que não tem o número exato, já que como já disse as homologações não são mais feitas no sindicato. Ele aproveitou para esclarecer também que em momento algum teve reunião com a empresa para tratar do pagamento parcelado de verbas rescisórias. “De fato existe a pretensão de uma reunião solicitada pela empresa, mas ainda não confirmada. Além disso, não sabemos a verdadeira pauta a ser discutida. Os trabalhadores andam dizendo ainda que no RH da empresa, na possível reunião, a Viação Sul Fluminense acertará com o sindicato o pagamento parcelado das verbas rescisórias parceladas, mas isso é mentira”, desmentiu o sindicalista, lembrando que não concorda com o pagamento parcelado.


Ainda de acordo com o sindicalista, a lei é clara. “Demitiu tem que pagar.  Qualquer empresa que promover demissões é obrigada a pagar os direitos aos empregados em 10 dias e caso a empresa ofereça pagamento parcelado, o trabalhador não é obrigado aceitar. Repetimos, o sindicato não concorda com o pagamento parcelado”, destacou Zequinha, lembrando que o departamento jurídico do sindicato entrará, como já fizemos antes, com processo sem custo para os associados do sindicato se de fato isso acontecer. “Já tínhamos encaminhado documento para a Viação Sul Fluminense falando sobre o sobre este assunto”, concluiu.

EDITAL PARA CONTRATAÇÃO DE NOVAS EMPRESAS

Vale ressaltar que na terça-feira, 19, foi publicado no site oficial da Prefeitura de Volta Redonda, o edital de Chamamento Público 031/2019, que trata da concessão do serviço de transporte coletivo das linhas que, atualmente, são operadas pela viação Sul Fluminense. O contrato será de caráter emergencial, com permissão operação de até 180 dias.

É importante lembrar que em maio deste ano, o prefeito Samuca Silva decretou a caducidade da concessão das linhas da Sul Fluminense por conta do grande aumento de reclamações do serviço prestado pela empresa. A licitação das linhas da Sul Fluminense é inédita, já que o contrato anterior era uma delegação do serviço antes da lei de concessões. Com isso, Volta Redonda está próxima de efetuar licitação nas linhas pela primeira vez, assim que o Tribunal de Contas autorizar o processo.

De acordo com o prefeito, as empresas interessadas no contrato emergencial podem apresentar propostas até 6 de dezembro e a viação vai assumir 29 linhas urbanas e quatro extensões de linha. “Após o prazo final de recebimento de propostas, a empresa deverá iniciar a operação na cidade de forma imediata, com prazo máximo de 40 dias”, informou Samuca, lembrando que a empresa que apresentar condições de assumir as linhas mais rapidamente terá pontuação diferenciada dentro do edital. “A empresa que tiver condição de iniciar a operação mais rápido tem pontuação maior. Se duas empresas empatarem nesse tempo, a diferença será na idade da frota de veículos. Isso vai fazer com que o serviço comece o mais rápido possível e que possamos dar um retorno rápido a população”, concluiu o prefeito.

Representantes da empresa foram procurados pelo A VOZ DA CIDADE, mas como estavam em reunião, não puderam responder até o fechamento desta nota.

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