Risco da epidemia de coronavírus no mundo é elevado para ‘muito alto’

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GENEBRA

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, dia 28, A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para ‘muito alto’ – o maior nível possível -, o risco mundial da epidemia de Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus. Ainda durante a coletiva, agência de Saúde da ONU disse que há, além de China, casos registrados da doença em outros 49 países.

Apesar disso, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a entidade entende que ainda não há necessidade de decretar uma ‘pandemia’. “O que vemos no momento são epidemias vinculadas à Covid-19 em vários países, mas a maioria dos casos ainda pode ser atribuída a contatos conhecidos ou grupos de casos. Ainda não vemos evidências de que o vírus esteja se espalhando livremente nas comunidades”, disse.

De acordo com avaliação da OMS, os casos em cada país são vinculados a pequenos grupos. Ghebreyesus disse que a agência de saúde da ONU não vê evidências de que o vírus esteja se espalhando livremente. Ele disse que, dos novos casos identificados em todo o mundo, 24 foram exportados da Itália e 97 do Irã.

Segundo Ghebreyesus, na avaliação da entidade, o vírus ainda está na fase de ‘contenção’ – em que a transmissão pode ser interrompida. A fase seguinte a essa, a de mitigação, é quando fica entendido que não é mais possível evitar a disseminação dele. “O aumento contínuo do número de casos de Covid-19, e o número de países afetados nos últimos dias são motivo de preocupação”, disse o diretor-geral, completando é possível conter a propagação. “Nós ainda podemos conter a dispersão do vírus se tomarmos ações robustas e detectar rapidamente o surgimento de novos casos”, comentou Tedros Adhanom.

BALANÇO

De acordo com o mais recente balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde, a China confirmou 329 casos nas últimas 24 horas. Que é o menor número de novos casos diários em um mês. Com esses casos, o país asiático tem, até o momento, 78.959 casos reportados à agência e 2.791 mortes.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, e Maria van Kerkhove, líder técnica de programas de emergência da OMS – Foto: OMS

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