Reunião esclarece dúvidas sobre barragem de Quatis

0

BARRA MANSA/QUATIS

Na noite da ultima terça-feira, 26, foi realizada uma reunião, aberta à comunidade, entre representantes da Prefeitura de Barra Mansa e da empresa Cimento Tupi, com o objetivo de discutir e esclarecer o plano de emergência da barragem Capury, que está localizada em Quatis. O encontro, que durou cerca de duas horas e aconteceu na Vila dos Remédios, localidade do distrito de Floriano, contou também com a presença de representantes da Câmara de Vereadores, do Conselho de Meio Ambiente de Porto Real, do Comitê de Bacias Hidrográficas, da Secretaria de Meio Ambiente de Quatis, da Defesa Civil, e da comunidade local.

A reunião pública foi solicitada pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Carlos Roberto de Carvalho, o Beleza. Segundo ele, foram feitos diversos questionamentos, como se há risco de rompimento, quais locais seriam impactados no caso de um rompimento, qual o dano ambiental, e, se há o desejo de reativar a barragem.

Segundo o secretário, apesar da barragem está no município de Quatis, caso aja algum problema, pode atingir o município de Barra Mansa. “O objetivo principal é defender a vida humana e a parte ambiental. Essa reunião serviu para explicar o plano de emergência, como seria a aplicação dele, e para a população esclarecer as dúvidas”, disse, contando que está sendo organizada uma visita dos moradores locais à barragem.

Por parte da Cimento Tupi participaram o gerente industrial, Gil Augusto de Carvalho, e o geólogo Felipe Lemos, consultor e especialista em geotecnia. A Cimento Tupi informou que em 15 dias terá início o cadastramento dos moradores da comunidade para o processo de treinamento e execução do plano de ação. Os moradores da comunidade poderão também visitar a barragem com agendamentos prévios.

Segundo a empresa, a Barragem da Cimento Tupi, em Quatis, é um barramento de contenção para armazenamento/reaproveitamento de água e rejeitos do processo de beneficiamento de Quartzito (areia). “Desde o final de 2015, a barragem não está em operação e não recebe mais água do processo ou rejeito, que, no caso, é argila com um percentual de areia. Mesmo fora de operação, a barragem continua sendo monitorada normalmente. A superfície da barragem já se encontra com material seco e é possível caminhar sobre a mesma”, disseram os representantes, frisando que desde 2015 a empresa está estudando a viabilidade de descaracterização e encerramento definitivo da barragem de Quatis. Já existe, inclusive, um pedido de licenciamento aberto para retirar e comercializar o material depositado desde o início do ano passado.

“A barragem é segura, conforme atestam a última declaração de estabilidade, semestral, emitida em setembro de 2018, e as anteriores”, afirmou a empresa, frisando que é importante ressaltar que a barragem foi construída de uma técnica considerada mais segura que as de Mariana e Brumadinho e que nunca houve vazamento.

No encontro, os representantes da empresa destacaram aos presentes que, conforme consta no Plano de Ação de Emergência da Barragem, se houvesse inundação da barragem não teria contribuição significativa do rejeito no Rio Paraíba do Sul.  “Se compararmos às enchentes recorrentes dos últimos 10 anos e principalmente dos últimos 100 anos, na pior situação, uma eventual ruptura da barragem sobreposta à enchente não aumentaria de forma significativa a área de inundação das enchentes naturais já ocorridas nesse período”, apontou a empresa.

O objetivo foi discutir e esclarecer o plano de emergência da barragem Capury – Foto: Fábio Guimas

 

 

Deixe um Comentário