BARRA MANSA
Uma reunião realizada na noite da última segunda-feira, dia 2, no bairro Ano Bom, discutiu os desdobramentos do projeto que prevê a criação de uma Área de Preservação Ambiental (APA) no município. A APA ficaria em uma região de 765 hectares entre os bairros Getúlio Vargas e Vila Nova e o distrito Santa Rita de Cássia. A criação da unidade de conservação está sendo desenvolvida através de membros da sociedade civil e representantes governamentais.
O presidente da associação ambiental Verde que Salva, Eddy Miguel, enumerou os ganhos com a criação da área de preservação ambiental em Barra Mansa. “Essa área antigamente era uma só fazenda e com a APA nós iremos ter uma proteção dos mananciais com uma recarga dos recursos hídricos. Essa área vai favorecer o equilíbrio ecológico, vai inibir a proliferação de mosquitos e vetores de doença e também propiciar o turismo ecológico e geração de renda para a população. Também teremos a preservação de alguns animais ameaçados de extinção como a jaguatirica e a paca, entre outros”, disse Eddy, lembrando que o município também será beneficiado com o aumento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Verde – tributo que funciona que funciona como incentivo para investimento em preservação ambiental.
Eddy destacou que a criação da APA é uma das modalidades menos restritivas e que ninguém perderá terra pela criação da área.
O presidente da associação ambiental ainda lembrou que Barra Mansa possui outras sete áreas de conservação, são elas: o Parque Natural de Saudade; Carlos Roberto Firmino de Castro (onde funciona o Horto Municipal, na Vila Nova); Ilhas do Paraíba (oito poligonais); APA Floresta do Cafundó, entre Rialto e Floriano; APA do entorno da Floresta da Cicuta – na Região Leste; a APA Rio Bonito, em Amparo e o Parque Centenário, o popular Jardim das Preguiças.
Presente na reunião, o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Carlos Roberto de Carvalho, o Beleza, frisou que a discussão da criação dessa APA em Barra Mansa é muito importante para o município. “Ela permite a proteção e conservação da fauna e flora e ordenamento urbano de forma que respeite as propriedades estéticas ou culturais existentes, importantes para a qualidade de vida da população local e para a proteção dos ecossistemas regionais. A criação está sendo desenvolvida pela sociedade civil com o apoio de representantes governamentais. O próximo passo será uma reunião com a secretaria de Meio Ambiente, Planejamento Urbano e Executivo”, comentou.
Essa reunião entre o grupo que busca a criação da APA e a Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento Urbano e o prefeito Rodrigo Drable (MDB) ainda não tem data marcada, mas a expectativa é que ocorra no fim deste mês.
Além de associações ambientais e o secretário municipal de Meio Ambiente, estiveram presentes no encontro de segunda-feira representantes da Igreja Católica, por meio da Paróquia Sagrado Coração de Jesus e da Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda; o presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema), Vinícius Azevedo; o vereador Wellington Pires (PP), entre outros representantes de entidades.
