RESENDE
A quantidade de chuva que tem caído na região tem contribuído para que Represa do Funil possa trabalhar dentro de condições favoráveis na geração de energia. A usina está operando conforme despacho do Operador Nacional do Sistema (ONS), com uma geração em torno 120 MW, o que corresponde a 55,5% da capacidade instalada.
Por meio da assessoria de imprensa, a direção de Furnas Centrais Elétricas, responsável pela operação da represa, informou que o reservatório da Usina de Funil encontra-se atualmente na elevação 461,13 metros, o que representa um volume útil de 68,53%, número considerado “confortável nesse momento mas que se espera para os próximos dias a chuva contribua para que esse volume do reservatório aumente”, diz a empresa.
Em dezembro de 2017, o nível montante registrado foi de 451,36m (23,31% de volume útil). Em janeiro de 2017, o reservatório estava com elevação de 459,86 metros e volume útil de 61,68%. O nível mínimo operacional, sem comprometimento para a geração de energia, é de 444,00 metros.
Segundo a empresa, o menor volume útil histórico registrado para Funil foi de 3,92%, em 14 de agosto de 2001.
A hidrelétrica possui três unidades geradoras, totalizando uma capacidade instalada de geração de 216 MW, energia suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 260 mil de habitantes. Toda a energia produzida nas unidades geradoras brasileiras é enviada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que a distribui conforme a demanda.
As usinas hidrelétricas brasileiras são componentes do Sistema Interligado Nacional e sua operação é planejada e programada pelo ONS. Os níveis dos reservatórios e a energia despachada são programados pelo ONS, responsável por operar o conjunto de reservatórios brasileiros de forma integrada, com o objetivo de garantir a segurança energética.
A Usina
Funil está no local conhecido como “Salto do Funil”, em Resende. Apesar de ter um dos menores reservatórios do parque gerador de Furnas, a Usina é de grande importância para o Sistema por estar localizada próxima aos grandes centros consumidores, garantindo confiabilidade do suprimento de energia elétrica aos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo e adequando a tensão elétrica nesta região, onde estão instaladas grandes indústrias.
A usina apresenta uma peculiaridade arquitetônica que a distingue das demais do Sistema Furnas. A barragem do tipo abóboda de concreto, com dupla curvatura, é única no Brasil. O reservatório opera em conjunto com outros três grandes reservatórios de regularização (Paraibuna, Santa Branca e Jaguari), localizados no trecho paulista da bacia do rio Paraíba do Sul.