Reintegração de posse em área na divisa de Volta Redonda e Barra Mansa é realizada pela PM por ordem judicial

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VOLTA REDONDA

Agentes do 28º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar estão, na manha desta quinta-feira, dia 27, cumprindo um mandato de reintegração de posse na Ocupação da Paz, área ocupada há quase quatro meses no Jardim Belmonte e Getúlio Vargas, bairros localizados na divisa de Volta Redonda e Barra Mansa.

São cerca de três mil famílias que apossaram da área alegando falta de moradia e condições de pagar aluguel, já que perderam o emprego nos últimos meses por causa da pandemia. O pedido de reintegração foi feito pela empresa Mape Incorporações e Empreendimentos e a ordem judicial foi assinada no último dia 19 pela juíza da 3ª Vara Cível de Barra Mansa, Flávia de Melo Balieiro Diniz. A comunicação sobre a reintegração de posse foi feita aos líderes da ocupação com antecedência.

Até o fechamento desta nota nenhum conflito havia sido registrado no local, já que mesmo tristes e chorando muito, os ocupantes seguem deixando a área sem problemas. A maioria garante que está indo para casas de parentes ou amigos até arrumar um local para ficar. Os assentados estão deixando o terreno levando roupas, cobertores, colchões e outros poucos pertences, nas mãos ou em carrinho de mão já que os barracos estão sendo derrubados. “Estou indo para a casa de um primo no Belmonte, mas como ele também está desempregado e tem dois filhos e eu dois, não posso ficar por muito tempo lá. Só Deus na nossa causa”, disse uma  as ocupantes. Outro assentado garantiu que hoje ainda não sabe para onde ir, pois não tem parente e nem conhecido que possa lhe ajuda em Volta Redonda. “Aqui em Volta Redonda é só eu, minha mulher e minhas duas filhas. Como perdemos o emprego devido à pandemia do coronavírus, estamos vivendo de biscate, mas não ainda para pagar aluguel. Tivemos de deixar a casa onde estávamos morando no Belmonte porque estávamos quatro meses sem pagara aluguel. Ainda temos essa dívida também”, contou.

A ação está sendo acompanhada pelo defensor público João Helvécio, do Segundo Núcleo de Tutela Coletiva Regional. Sem conflitos, muitos dos policiais mobilizados para a reintegração permanecem na entrada do terreno em suas viaturas.

 

 

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