BARRA MANSA
Amanhã, às 14 horas, a Regional Pastoral de Barra Mansa (composta das paróquias de São Sebastião, Sagrado Coração de Jesus, Santa Cruz e Santo Antônio) e a Casa Paz e Bem, realizam uma reunião na Matriz de São Sebastião para tratar sobre a violência. Para a ocasião, segundo os organizadores, toda a sociedade e seguimentos públicos estão convidados. No dia, será proposto um ato para o próximo dia 6, em relação ao tema, em local que será definido entre os participantes durante o encontro que acontecerá no salão da igreja.
Segundo a vice-presidente da Paz e Bem, irmã Ana Maria Vicente, o encontro visa pensar em conjunto uma “ação voltada para a paz, em vista dos diversos casos de violência que vem ocorrendo na cidade”, disse. Questionada sobre o evento do dia 6, ela explica que será definido ainda se será realizado uma caminhada, uma carreata, um abraço coletivo. “A ideia é realizar uma mobilização, seja no Centro, na frente da 90ª Delegacia de Polícia ou até mesmo na prefeitura, por meio de um abraço”, contou Ana, explicando que vários órgãos já confirmaram presença para o encontro, entre eles o Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), a Prefeitura Municipal (por meio das secretarias de Educação e Assistência Social), a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), entre outros.
A Casa Paz e Bem fica na Rua José Jorge Meireles, n°446, no bairro Vista Alegre e existe há 20 anos. O local hoje atende 80 crianças e dentre o acolhimento que é realizado pelos seus responsáveis, a educação também faz parte do dia a dia. “Eles acompanham o que vem acontecendo e ficam assustados. Não há casos de parentescos com as vítimas, mas conversamos muito sobre a violência. Costumamos dizer que existem três caminhos: o do bem, o da prisão ou o da morte. Cabe cada um escolhe qual quer para a sua vida”, contou a responsável, lembrando que nas últimas duas semanas foram nove mortes, sendo a última no final do último domingo, dia 12, no bairro Ano Bom.
“Sabe-se quando a sociedade se levanta e se organiza para construir a paz, ela se torna possível. A juventude está morrendo e a sociedade não pode calar-se. A situação polícia e econômica difícil que o país atravessa, vem gerando desempregos, perdas de direitos, o que já é uma violência. Não adianta reclamar, temos que ter atitude. A paz é possível e depende de nós”, finalizou Ana Maria Vicente.