Região registra queda de notificações da dengue, zika e chikungunya

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SUL FLUMINENSE

O aumento da temperatura e a chegada do período de chuvas é condição ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika vírus e chikungunya. E já há algum tempo os pernilongos estão rondando as casas das pessoas. Para evitar o surto das doenças, as prefeituras mantêm as campanhas de conscientização junto à população, mas expressam uma queda significativa de janeiro a outubro deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. O A VOZ DA CIDADE ouviu representantes de Barra Mansa, Itatiaia, Resende e Volta Redonda e em todas as quatro cidades, a queda nos casos é surpreendente.

Segundo o coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Barra Mansa, Eduardo Lacerda, em 2017, 35 pessoas tiveram suspeita de dengue, duas de zika e duas de chikungunya no município. Todos passaram por exames médicos laboratoriais e em nenhum deles foi confirmado nenhuma das doenças. “Apareceu um senhor com suspeita de dengue e chikungunya, mas ainda estamos realizando os exames”, contou. Em 2016, foram 503 casos de suspeita de dengue, 39 de zika e nenhum de chikungunya. Deles, foram confirmados 117 casos de dengue e 16 casos de zika em gestantes.

Questionado ao que ele atribui essa queda brusca, Eduardo afirma que foi pelo trabalho de orientação da Prefeitura de Barra Mansa, incluindo a maneira com que a população está se policiando quanto aos cuidados que devem ser tomados em suas residências. “Esse queda no número nos surpreende, mas também nos deixa com medo. A população não deve achar que por que teve uma diminuição, tem que parar de cuidar. Ao contrário. Temos que reforçar ainda mais. Se ‘relaxarmos’, achando que passou, um surto novo pode aparecer, pegando todos desprevenidos”, orientou o coordenador.

Eduardo Lacerda lembrou que a prefeitura vem reforçando o serviço nas ruas mesmo quando antes do verão. “Desde o início de janeiro estamos com esse trabalho de orientação, pois não iria adiantar só quando a coisa apertasse para o nosso lado. Por isso a população deve continuar fazendo, inclusive denunciando em nossa ouvidoria caso perceba que alguém está deixando de fazer a limpeza e tomando os cuidados certos. Estamos fazendo a nossa parte, mas é difícil fiscalizar todas as partes, por isso precisamos continuar unidos para combater o mosquito e sua proliferação”, disse Lacerda, lembrando que o telefone para denúncia é o (24) 3322-9192.

ITATIAIA

Em Itatiaia, segundo o setor de epidemiologia da Prefeitura, de novembro até agora foram notificados 32 casos, nenhum confirmado. A situação no município é considerada estabilizada já que se observou a queda no número de notificações de janeiro para outubro.

O setor de Zoonoses informou, porém, que o trabalho preventivo vem sendo realizado o ano todo com visitas usuais às residências, verificando possíveis locais de acúmulo de água parada e dando orientação aos moradores, conscientizando a população da importância de se manter o quintal limpo para que não se crie criadouro do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

RESENDE

O panorama em Resende também é de estabilidade relacionada as três doenças. De acordo com o Serviço de Imunologia do município, de janeiro a agosto, foram registrados 288 notificações de dengue, sendo 12 casos confirmados. Último caso registrado de dengue foi maio, com três confirmados. No mesmo período, os agentes registraram três casos suspeitos de zika vírus que foram todos descartados. Já em relação à chikungunya, de janeiro a agosto foram 15 notificações e apenas dois casos confirmados. Um em janeiro e outro em agosto.

Independente da queda dos números, o governo ressalta, que com a chegada do período de chuvas, há a necessidade da população fazer a sua parte e manter suas residências livre do foco do mosquito. Também informou que além do trabalho continuo dos agentes em visitas as residências, novos mutirões de limpeza deverão ser realizados nos bairros.

VOLTA REDONDA

Em Volta Redonda, de acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Marcos Venturini, a prevenção contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti é constante, realizada durante todo o ano. A equipe da Vigilância Ambiental faz visitas às casas em todos os bairros da cidade para verificar a existência de focos do mosquito e orientar os moradores sobre os cuidados para evitar a proliferação.

Além disso, segundo o coordenador atua na área educativa fazendo palestras em escolas e empresas para formar multiplicadores das ações de prevenção. Em eventos da prefeitura, a equipe da coordenadoria também está sempre presente distribuindo folhetos educativos e tirando dúvidas da população. O mesmo trabalho educativo é feito na Feira Livre de Volta Redonda, duas vezes por semana.

Desde segunda-feira, 19, as equipes de agentes de endemias estão realizando o novo Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa). Ele é resultado de amostragem coletada em parte das residências em todos os bairros do município. A pesquisa deve ser encerrada em nove dias para acompanhar o ciclo biológico do mosquito, que é de sete dias. Nesse período todos os agentes estarão concentrados na realização do LIRAa, retornando as outras atividades do dia a dia após a conclusão do serviço.

Não há casos recentes de dengue, zika e chikungunya, segundo a responsável pela Coordenadoria da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Milene Paula de Souza.

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