Região de Visconde de Mauá quer amenizar impacto da Covid-19

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RESENDE

A Região de Visconde de Mauá – Convention & Visitors Bureau (RVMC&VB), nova marca da Associação Turística e Comercial da Região de Visconde de Mauá (Mauatur), entidade formada por empresários e moradores, pessoas físicas e jurídicas, para o desenvolvimento sustentável local, espera que a união entre os governantes e entidades permita o setor do Turismo superar a pandemia do coronavírus (Covid-19). Nesta quarta-feira, 25, o presidente da entidade divulgou a projeção de perdas da pandemia para a Região de Visconde de Mauá.

Segundo o presidente da RVMC&VB, Paulo Gomes, o isolamento social e fechamento de hotéis e similares são fundamentais para coibir o avanço da Covid-19. Mas, projeta que o governo deve auxiliar as micro e pequenas empresas neste período. Ele cita que no Brasil existem 6,4 milhões de estabelecimentos e desse total, 99% é micro e pequenas empresas (MPE), que respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (16,1 milhões).

Gomes defende o suporte para as empresas e o setor de turismo. “Os pequenos negócios empresariais geram empregos formais e precisam de suportem o período da quarentena (seguro desemprego). Assim como linhas de crédito para que a roda volte a girar, já que sabemos que a retomada na economia será morosa. Afinal somos a parcela que gera 52% dos postos de trabalho. Ocorre que durante a quarentena de 15 dias, teremos déficit de R$ 5.529.600,00 e também considerando que estamos na baixa temporada, com uma taxa de ocupação de 28% de nossa capacidade de carga. Sendo que nossa alta temporada ocorre a partir da Semana Santa, onde teríamos um aumento significativo do fluxo turístico da região”, comenta.

O Convention Bureau da Região de Visconde de Mauá enviou um ofício para saber quais as medidas que serão adotadas pelo Governo Federal, Estadual e Municipal para mitigar os impactos às empresas fluminenses, especialmente as micro e pequenas:

Tipo de seguro desemprego para o período de quarentena com objetivo de desonerar as MPEs e manter o emprego;

Carência e postergação dos contratos de financiamento em andamento, para pequenas e médias empresas;

Linhas de crédito de capital de giro para micro e pequenas empresas, com carência de 24 a 30 meses para pagamento, com juros subsidiados pelo Governo;

Ampliação do Programa Microcrédito Juro Zero para MEI;

Linha de Crédito Emergencial para micro e pequenos empreendedores, com carência de 18 meses e amortização em 60 meses. Juros subsidiados;

Projeto de subvenção de juros para pequenos empreendimentos rurais;

Criação de programas de financiamento pós-crise para investimento e ampliação da disponibilidade dos programas acima com recursos do BNDES;

Prorrogação nos prazos de obrigações do Simples Nacional para a prorrogação do prazo de pagamento da parte estadual do Simples Nacional (ICMS) por três meses, na mesma forma da parte federal do Simples. “Somos responsáveis por 52% dos postos de trabalho, nossa briga será por subsídios (capital e tipo de seguro desemprego) para que as MPEs consigam se recuperar, pois o tempo será longo até que atinjamos o circulo virtuoso novamente. Esta deverá ser a nossa bandeira”, afirma Gomes.

O acesso pela RJ-161 tem o controle da Guarda Municipal de Itatiaia – Divulgação

ACESSOS A VISCONDE DE MAUÁ

A RVMC&VB entende que o isolamento social é fundamental para a defesa da vida, prioritariamente. “Somos a favor de conter essa pandemia e depois recuperar a economia. Esperamos ações como ampliar a restrição do acesso de visitantes à Visconde de Mauá e região. Hoje temos controle pela RJ-151 (Maringá-Maromba) e pleiteamos o mesmo pela RJ-163. É preciso restringir a circulação de visitantes, combater o avanço do coronavírus e ter apoio para as micro e pequenas empresas”, sintetiza o presidente da entidade. “Teríamos reunião com a Secretaria de Estado do Turismo, AgeRio e todos os 22 Conventions & Visitors Bureau do Rio de Janeiro, mas foi suspensa. Tivemos contato via telefone e também mantemos contato com as prefeituras de Resende e Itatiaia, discutindo medidas para nossa região”, finaliza Paulo Gomes.

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