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Refém de assalto em Angra conta detalhes sobre a dinâmica dos criminosos

Por Mônica Vieira
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ANGRA DOS REIS

Vitória Oliveira, de 21 anos, funcionária de uma loja que quarta-feira, dia 7, foi feita refém durante uma tentativa de um assalto em Angra dos Reis, conversou na noite desta quinta-feira, dia 8, com o A VOZ DA CIDADE e deu detalhes sobre o caso. Ela explicou o que aconteceu dentro da loja, até o momento em que foi escolhida para ser levada por um dos criminosos. A imagem do vídeo viralizou nas redes sociais e a notícia ganhou repercussão nacional. A Polícia Civil está a procura de um quarto suspeito. Outros dois foram detidos e o outro, de 20 anos, morreu.

Ela contou que ela e outro funcionário estavam do lado de fora da loja, que fica na Rua do Comércio, esperando a gerente chegar para entrar. Já tinha bastante gente com eles, uns 18 funcionários, e logo todos entraram. Ela e outras funcionárias subiram para se arrumar. Quando chegou mais uma pessoa do comércio, ela foi rendida pelo trio. “Eles entraram juntos. Mas quem tinha chegado antes ainda não sabia o que estava acontecendo. Logo fomos informadas e eles (os bandidos) subiram e renderam todo mundo e pegaram os nossos celulares”, lembrou.

Vitória disse que os homens desceram com a gerente e um outro funcionário e as outras pessoas foram trancadas em um quarto que fica na parte de cima. Dois ficaram na parte debaixo e um ficou na porta onde a maioria dos funcionários estava presa. “A todo tempo ele ia lá, ameaçava a gente. Falava que ia matar alguém. Que não tinha nada a perder. Que se fosse preciso, ele levaria alguém para o inferno com ele”, narrou Vitória.

As ameaças continuaram e todos começaram a ficar cada vez mais exaltados, e começaram a discutir entre eles. “A gente chegou a conclusão que a polícia já estava por perto, por eles terem ficado tão nervosos e tentando fugir de qualquer maneira. Procurando alguma saída”, disse.

A jovem comenta que cada vez mais exaltados, dois decidiram se entregar. E o terceiro falou que não faria isso. “E ele já tinha decidido me levar, porque eu era a mais calma. A todo momento eu conversava com ele, tentava o acalmar. O que ele pedia eu fazia. Estava tentando o deixar o mais calmo possível, pois a todo momento ele apontava a arma nas nossas cabeças. Eu queria o tranquilizar”,  falou a funcionária.

A vítima lembra que neste momento ele abriu a porta e falou que teria que levar alguém, que ele não podia perder. “Eu não vou perder, não posso. Tenho que levar alguém. Vem você que é a mais tranquila. Vem loirinha”, lembrou Vitória, finalizando que a partir daí, foram momentos de mais de 15 minutos de terror sob a mira de uma arma por dois quarteirões e negociações com a polícia.

Na noite do crime, Vitória usou as redes sociais e mandou uma mensagem para tranquilizar a todos.  “Quero agradecer a todos pela preocupação e carinho, estou bem, graças a Deus. Quero agradecer a todos os policiais envolvidos. Não tenho como expressar a alegria de poder voltar para casa hoje (quarta-feira) e ver minha família novamente. Dia 07/07/2021 eu nasci de novo”, comemorou a funcionária.


A Polícia Militar e o policial civil, que efetuou o disparo, também estão recebendo várias homenagens e mensagens nas redes sociais. Em nota, a equipe do 33° Batalhão de Polícia Militar (BPM) disse: “Um abraço para dizer que tudo passou! No momento do perigo e do medo, estamos presentes. E após ele, também. Uma tomada de refém pode traumatizar uma vida para sempre. E, naquele momento, com o sangue em chamas, a prioridade é acolher a vítima.”, disse, completando: “Antes de qualquer procedimento da ocorrência, o mais importante é mostrar que o perigo passou! Estamos para salvar, do início ao final, da intervenção ao acalento. Ao cidadão que nos confia a vida e ao que dedicamos a nossa. Contem com a Polícia Militar”, postou a PM.

A Polícia Civil explicou que um quarto homem que teria participado do crime, dando cobertura do lado de fora em um carro, está sendo procurado. Os agentes não deram mais detalhes para não atrapalhar nas investigações.

O CASO

Um homem foi morto na manhã desta quarta-feira após uma tentativa de assalto em uma loja de telefonia no Centro de Angra dos Reis.

A PM informou que foi acionada sendo informada que uma loja na Rua do Comércio estava sendo assaltada por três homens. Testemunhas disseram que eles estavam usando camisas roxas para tentar despistar como se fossem funcionários do local. Eles usaram de terror psicológico com os trabalhadores e que alguns deles chegaram a ser presos em cômodos do comércio.

Os militares então realizaram cerco do local e dois deles acabaram se entregando. Já um terceiro deles que estava armado e exaltado conseguiu deixar a loja, levando consigo de refém uma funcionária. Ele foi surpreendido com tiro efetuado por um policial civil na Rua Coronel Carvalho. Ele estava em posse de uma pistola 9mm, que foi apreendida.

Os outros dois envolvidos, que também não tiveram idades nem as identidades divulgadas, foram encaminhados para 166ª Delegacia de Polícia para as medidas necessárias.

Os funcionários do comércio foram resgatados e a mulher que foi feita a recém não chegou a se ferir.

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