ITATIAIA
Os alunos da rede municipal de ensino de Itatiaia devem contar, em breve, com novos conteúdos de formação sobre psicologia e terapia. A Câmara de Itatiaia aprovou o projeto de Lei nº 185/2017, de autoria do João Márcio Albino Silva (PRB), que institui no calendário oficial do Município a semana de acompanhamento psicológico e terapêutico às crianças e adolescentes das escolas públicas.
O projeto determina que a atividade seja desenvolvida no mês de outubro. O objetivo é o acompanhamento de psicólogos especializados para a realização de psicanálise, psicoterapia analítica, terapia breve, terapia de apoio ou psicoterapia cognitivo-comportamental. A atividade pode prevenir doenças psicológicas adquiridas por fatores externos ou hereditários; promove debates e palestras sobre a erradicação do bullying nas escolas; ajudar os jovens a se encontrarem na sociedade e profissionalmente; incentivar as crianças e os adolescentes a aceitarem uns aos outros como são, com suas diferenças; e orientar e aconselhar jovens, os incentivando a abandonarem vícios, a prostituição ou a vida criminosa.
Segundo o vereador João Márcio, o tratamento psicológico e terapêutico consiste em um trabalho de acompanhamento especializado de um psicólogo, buscando tratar traumas emocionais, prevenir transtornos mentais e buscar um autoconhecimento referente à personalidade e inclusive se identificar profissionalmente. O parlamentar ressalta que atualmente é alto o índice de violência nas escolas, e tal fato se dá em razão da falta de estrutura familiar, muitas crianças e adolescentes se deparam desde cedo com violência doméstica. Cita como exemplo, pais viciados ou envolvidos no tráfico de drogas, que não dão assistência aos filhos pela falta de conhecimento e informação, disseminando a violência por meio da influência negativa que se adquire dentro de casa. “A falta de uma influência positiva dentro de casa faz com que muitos jovens sigam os mesmos passos dos pais, buscando caminhos errados para sobreviver, como o tráfico, a prostituição, formas ilícitas de ganhar dinheiro, entre outras. A proposta tem como finalidade ajudar as crianças e jovens a aprenderem a se comunicar, tendo o apoio de alguém especializado e preparado a lhes escutar, a se encontrarem na sociedade, inclusive profissionalmente, diminuir o alto índice de violência nas escolas, principalmente causada pelo bullying”, orienta.
Como meta, a semana de atividades psicológica e terapêutica na rede municipal buscará erradicar o preconceito e as diferenças, sejam religiosas, sexuais, físicas, de personalidade entre outras divergências sociais, promovendo debates e palestras, segundo o autor do projeto. “O tema precisa de novas perspectivas, assim como, o incentivo à conscientização aos jovens de que somos diferentes e que devemos aceitar uns aos outros, independente de nossas diferenças”, finaliza João Márcio.
