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Raquel Paixão apresenta recital sobre Chiquinha Gonzaga no Sesc Valença

Apresentação gratuita acontece nesta sexta-feira, dia 11, às 20 horas

Por Andre
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VALENÇA

Inspirado na trajetória de uma das figuras mais significativas da música brasileira, o recital cênico “Chiquinha Gonzaga: eu quero passar” chega ao Teatro Sesc Rosinha de Valença, nesta sexta-feira, dia 11, às 20 horas. A montagem, com a pianista Raquel Paixão, celebra à trajetória revolucionária da musicista que escreveu, entre outras obras clássicas, “Ó, abre alas”, a primeira marchinha de carnaval do país. A entrada é gratuita.

Com direção cênica da atriz Elisa Lucinda e direção musical da também pianista Maria Teresa Madeira, o recital apresenta um repertório composto exclusivamente por Chiquinha, num diálogo sensível entre música e teatro. Raquel interpreta a personagem, revelando curiosidades e momentos decisivos da caminhada feminista e abolicionista da compositora.


Ao longo do recital, o público é convidado a revisitar a história de Chiquinha, não apenas como uma artista de vanguarda, mas também como uma mulher negra em um país marcado por desafios sociais e raciais. A pianista compartilha suas próprias vivências como mulher e artista negra, refletindo sobre a importância de dar visibilidade a essas narrativas no contexto da música clássica. “A música de Chiquinha Gonzaga sempre esteve presente em minha vida. Tenho formação em música clássica, com bacharelado, mestrado e especialização em piano. Nesse ambiente, sempre tive na memória músicas como “Corta-Jaca”, “Plangente”, “Lua Branca”, além da marchinha de carnaval “Ô Abre Alas”, que faz parte do nosso universo cultural”, compartilhou Raquel Paixão.

A pianista revela ainda que sempre soube que Chiquinha Gonzaga foi a primeira musicista profissional do Brasil, em um tempo em que o estudo do piano para mulheres limitava-se às habilidades domésticas, espetaculares para a atividade familiar. No entanto, que Chiquinha, assim como ela, tinha uma mãe negra, foi uma descoberta tardia. “Como pianista negra, sempre me senti isolada no universo da música clássica, pois havia poucas mulheres negras nas quais eu pudesse me espelhar. Quando descobri a negritude de Chiquinha Gonzaga, isso despertou em mim um forte sentimento de pertencimento. Meu desejo é que, com este espetáculo, eu consiga inspirar novas gerações de pianistas, utilizando a música e a figura de Chiquinha como referência”, celebrou o artista.

A diretora Elisa Lucinda reforça que o objetivo do recital cênico é o de promover o acesso à obra e biografia da compositora, explorando seu repertório musical e o conectando às diferentes fases de sua vida. Além disso, investigamos também o contexto social carioca em que um compositor esteve inserido, através da análise das obras de teatro e música onde uma maestra esteve presente como autora e colaboradora. “O Brasil não tem produzido no seu imaginário a imagem de Chiquinha Gonzaga negra e o recorte que ela foi uma feminista, uma revolucionária, filha de uma mulher negra, teve que casar escondido com seu pai porque ele era burguês e ela negra. Essas questões que nunca foram problematizadas nas produções que ela não foi representada como negra”, pontuou a diretora, acrescentando que as mulheres são herdeiras de Chiquinha Gonzaga. “Todas as mulheres são herdeiras dos caminhos que Chiquinha Gonzaga abriu, por isso, vamos fazer um recital cênico que vai realizar o papel que eu gosto que a arte faça: divirta, reflita e ensine arte e educação”, completou Elisa.

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