SUL FLUMINENSE
Empresas do setor metalmecânico do Sul Fluminense estão contabilizando sucessivos prejuízos causados pelos frequentes problemas de interrupção no fornecimento de energia elétrica na região. De acordo com a Aproaço – Associação dos Processadores de Aço do Estado do Rio de Janeiro, a estimativa é que somente em 2024, mais de R$ 7 milhões já foram gastos pelas indústrias para recuperar equipamentos, conserto de motores, além das perdas de matéria prima com as quedas de energia e subtensão no serviço prestado pela concessionária, Light.
Segundo o secretário executivo da Aproaço, Haroldo Filho, o atual cenário e as incertezas sobre a melhoria do serviço prestado pela Light a médio prazo estão freando o crescimento do setor, que já começa a avaliar demissões e até mesmo a mudança para outros estados, devido a uma falta de resposta objetiva da concessionária. “Não estamos falando de um problema que começou em 2024. Mas a persistência do problema, ano após ano, aliada a falta de interesse da Light em resolver tem gerando grande impacto negativo no dia a dia das empresas, principalmente com a queima dos motores que possuem um custo muito elevado para ser recuperado. Muitas indústrias já pausaram seus projetos de ampliação da operação devido a essa questão, que se agravou neste ano. A falta de diálogo e de uma solução está colocando em risco a permanência de dezenas de empresas no estado e a perda de milhares de empregos devido a essa ineficiência elétrica”, explicou Haroldo Filho.
Ação Coletiva contra a Light
Ainda segundo o secretário executivo da Aproaço, o setor jurídico da associação está trabalhando para ingressar com uma ação coletiva na justiça para reaver os prejuízos causados ao setor. “As empresas estão emitindo relatórios, especificando os dias, horários e tempo de duração de cada episódio de interrupção de energia ou subtensão. Infelizmente, o silêncio da concessionária e o fracasso nas tentativas de uma reunião para entender o cenário e previsão de melhoria na prestação do serviço, nos leva ao último caminho possível”, finalizou Haroldo Filho.