BARRA MANSA
Após a denúncia de maus-tratos a 26 animais, entre cachorros e gatos no bairro Morada Verde, uma equipe de Vigilância Ambiental de Barra Mansa esteve no local realizando o resgate dos mesmos. O fato aconteceu na última quarta-feira, dia 26, e o resgate aconteceu na tarde dessa quinta-feira, dia 27. De acordo com a Vigilância em Saúde Ambiental, os animais receberam alimentação, serão castrados e, posteriormente, serão colocados para adoção. Eles estão no Centro Integrado de Recolhimento, Assistência e Controle de Animais Centro Integrado de Recolhimento, Assistência e Controle de Animais (Cirac), em Porto Real – que está fazendo uma triagem para a identificação de doenças e tratamentos necessários. A Prefeitura de Barra Mansa possui uma parceria com a unidade.
Através de denúncias, os policiais tomaram conhecimento dos fatos e foram ao imóvel, que fica na Rua C, onde encontraram um total de 26 animais, mas dois fugiram e outros dois não resistiram e morreram, sobrando então 22. De acordo com a ocorrência policial, o local era extremamente úmido, sujo, com diversos animais com doenças, como sarnas e ferimentos. Alguns deles estavam acorrentados. Havia pouquíssima água e comida e pouca entrada de luz do sol. Além disso, um cachorro e um gato estavam totalmente debilitados. De acordo com a Polícia Civil, foi apurado que uma mulher pegava os animais para cuidar, porém, não estava oferecendo os cuidados necessários. A Polícia Civil informou que a dona da residência foi presa e levada para a delegacia, onde vai responder pelo crime de maus-tratos.
A protetora de animais, Analine do Nascimento Cotia, falou ao A VOZ DA CIDADE. Ela acompanhou o resgate e pedia nas redes sociais ajuda para abrigar os animais e doações de ração e medicamentos. Citou que há quatro anos realiza o serviço de proteção aos animais de forma independente e voluntária, os animais levaram um tempo para serem resgatados, pois não havia local para encaminhá-los e eles tiveram que passar mais um dia no confinamento. Ela relatou que, a parte mais difícil de realizar este trabalho, é conseguir auxílio para abrigar os bichos. “Conseguimos exames, consulta e castração gratuita, mas o mais importante era um lugar para eles se recuperarem e poderem ser adotados depois”, disse.
Aumento de maus tratos
A protetora dos animais ressaltou que é comum ver pessoas adotando animais, mesmo sem ter a certeza se poderá cuidar. “Os casos de maus-tratos vêm crescendo muito, principalmente na pandemia, muita gente sem dinheiro e desempregada e aí a primeira atitude da pessoa é abandonar o animal. Às vezes pega porque gosta e acha bonitinho, mas amor não é tudo, o animal precisa ser bem tratado”, disse.
Ela ainda ressaltou que muita gente julga, mas são poucas pessoas que têm iniciativa de ajudar ao ver um animal passando por maus tratos. “Essa mulher, que acabou sendo encaminhada para a delegacia pela acusação de maus-tratos, ela tentava cuidar dos animais, mas não conseguia apoio. Os próprios vizinhos se incomodavam tanto, mas ninguém nunca ofereceu nenhum tipo de ajuda. É uma das coisas a se pensar”, ratificou.
Analine ainda pediu para as pessoas se conscientizarem não apenas sobre a adoção consciente, mas para acolherem também os animais adultos. “Muitas pessoas querem selecionar os filhotes e os de raça, mas tem muito bichinho precisando de um lar. Se você tiver condições, adote”, finalizou.