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Quando a ansiedade é a vilã na vida real dos nossos filhos

Por Andre
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Com a estreia do novo filme da Pixar, “Divertidamente”, que aborda a temática das emoções, é uma oportunidade perfeita para discutirmos a ansiedade, especialmente com os recentes dados que mostram o aumento dessa condição entre crianças. A ansiedade é uma emoção orientada para o futuro, que prepara o indivíduo para situações de ameaça e perigo, envolvendo respostas cognitivas, afetivas, fisiológicas e comportamentais com o propósito de autoproteção. Embora seja uma resposta natural ao estresse, a ansiedade crônica pode afetar seriamente a qualidade de vida, especialmente em crianças e adolescentes.

Como reconhecer a ansiedade em crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes muitas vezes não conseguem dizer claramente o que estão sentindo, tornando a identificação da ansiedade um desafio. No entanto, alguns sinais comuns podem indicar que seu filho está lidando com ansiedade:

  • Sintomas físicos: queixas frequentes de dores de cabeça, dores de estômago, cansaço extremo ou problemas de sono.
  • Mudanças de comportamento: irritabilidade excessiva, evitação de situações sociais ou atividades que antes apreciavam, dificuldade em se concentrar.
  • Preocupações excessivas: preocupações desproporcionais sobre a escola, amizades ou situações familiares.
  • Reações emocionais intensas: explosões de choro, raiva ou frustração, sinais de emoções avassaladoras associadas à ansiedade.

Estratégias infalíveis para ajudar nossos filhos


  • Crie um ambiente onde seu filho se sinta seguro para expressar seus sentimentos. Pergunte sobre o dia dele e mostre interesse genuíno. Valide seus sentimentos e ofereça apoio.
  • Estabelecer uma rotina diária estável pode proporcionar um senso de segurança e previsibilidade, ajudando a reduzir a ansiedade.
  • Ensine seu filho técnicas de respiração profunda, meditação ou ioga. Estas práticas podem ser poderosas para acalmar a mente e o corpo.
  • Reduza o tempo de tela, especialmente antes de dormir. Estímulos excessivos de dispositivos eletrônicos podem aumentar a ansiedade e prejudicar o sono.
  • Incentive atividades físicas, pois o exercício é comprovadamente eficaz na redução dos níveis de ansiedade.
  • Demonstre maneiras saudáveis de lidar com o estresse e a ansiedade em sua própria vida.
  • Se a ansiedade do seu filho for grave ou persistente, considere buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra infantil.
  • Mantenha uma comunicação regular com os professores e orientadores para monitorar o comportamento de seu filho no ambiente escolar.

Vamos juntos nessa jornada, cuidando para que nossos filhos tenham uma vida emocionalmente equilibrada e repleta de bem-estar.

Marcele Campos

Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver – especializada em avaliação e tratamento de pessoas com Transtornos do Neurodesenvolvimento.

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